A prefeitura de Joinville começou a restringir o atendimento em saúde de municípios vizinhos. O primeiro corte foi a redução nas consultas pactuadas no consórcio com a Amunesc, a associação dos municípios da região Norte. Apenas os procedimentos de retorno estão sendo feitos. As primeiras consultas foram suspensas. A medida foi tomada para priorizar o atendimento de pacientes locais – a redução das filas é alvo de decisões judiciais em ações do MP – e como economia. Estão sendo estudadas medidas também para reduzir o atendimento eletivo (marcado com antecedência) no Hospital São José, onde 24% dos pacientes são de fora de Joinville. Os casos de emergência e urgência estão fora da análise.

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Os motivos

Além de a receita não ter avançado como previsto, o valor pago pelo consórcio da Amunesc é considerado insuficiente: são R$ 30 por consulta, enquanto o atendimento custa R$ 33 pelas 11 mil consultas mensais. Para o prefeito Udo Döhler, a demanda externa tem de ser bancada pelos governos estadual e federal. Hoje, Joinville gasta perto de 40% da receita dos impostos com despesas em saúde. A suspensão das consultas é temporária, até que situação econômica melhores.