A adoção de medidas para evitar cobranças indevidas dos consumidores está entre as recomendações do Tribunal de Contas do Estado à Águas de Joinville. O desempenho da companhia no ano passado passou por auditoria e o TCE concluiu a análise nesta semana, com divulgação na quinta. A cobrança indevida pode causar pagamentos em dobro e indenizações por danos morais a serem bancados pelo patrimônio da empresa, apontou o tribunal.

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O TCE também cobra da Águas que exija das empresas terceirizadas equipamentos e materiais para consertos emergenciais em caso de rompimento da tubulação durante obras. O tribunal cobra ainda explicações sobre evento realizado no ano passado, com custo de R$ 18 mil – trata-se da confraternização de final dos ano dos funcionários, com refeições, bebidas alcoólicas e não alcoólicas, além de aluguel de espaço. Esse tipo de gasto não teria previsão legal.

Obras

Na lista de recomendações do TCE à Águas, está a melhoria no planejamento, com projetos mais completos possíveis, para que as obras não voltem a enfrentar atrasos e os contratos tenham que receber aditivos. A direção da companhia alega ter montado reuniões de checagem para monitorar todos os investimentos. O tribunal quer também melhor controle para evitar horas extras

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Do próprio bolso

O questionamento do TCE em relação ao evento de fim de ano está levando a direção da companhia a mudar o perfil do jantar: o encontro será mantido, mas sem recursos da Águas. Quem participar, paga sua conta. A companhia também prepara a defesa do evento realizado no ano passado – houve jantares semelhantes também em outros anos.

Apuração da cobrança

A Águas de Joinville informa ter aberto apuração sobre as cobranças de débitos. Uma das providências foi telefonar para consumidores com contas atuais em dia, mas alguma fatura anterior em aberto. Boa parte quitou no dia. Em relação aos reparos emergenciais, a companhia informa ter feito o conserto e cobrado a conta da terceirizada.

Quando convém…

O curioso nas insistentes queixas de Rodrigo Fachini e de Maurício Peixer em relação à atuação de Maycon Cesar, acusado de colocar “entraves” nos projetos, é que os dois se aliaram a Maycon quando lhes interessou. Fachini, no desejo de chegar à presidência da Câmara, aliou-se a Maycon – que ganhou o direito de fazer (ou manter) uma nomeação. Já Maurício, mordido com a derrota para Fachini na disputa da mesa, fez composição para ficar com comissão de Legislação e a Maycon coube a de Urbanismo.

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Na oposição

É nessa comissão que Maycon tem sabido aproveitar muito bem os poderes imperiais dos presidentes de comissão na Câmara, retardando parte dos projetos com a alegação de “discutir melhor”. Mas era sabida sua estratégia, de uso do regimento, dos prazos. Tem sido a atuação de Maycon desde o início de 2013, quando o vereador, após apoiar Udo na campanha, foi empurrado para a oposição. E Fachini e Maurício sabiam.

O termimal

A jornalista Sandra Moser leu sobre o terminal de ônibus do Centro de Joinville e aproveita para lembrar que o espaço leva o nome de seu pai, Aderbal Tavares Lopes, ex-deputado. Só que nunca foi instalada uma placa com a homenagem.

No hospital

O vice-presidente do Sindicato dos Servidores de Joinville, Tarcisio Tomazoni Junior, postou fotos na sexta mostrando obra de reparo na rede de água em depósito com caixas de soro.

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Descarte

O hospital alega que a chuva causou os estragos no depósito e as caixas de soro tiveram de ser descartadas. O material será estocado de forma mais adequada.

Mais um?

Tem gente que se considera bem informada garantindo que Patrício Destro concorre a prefeito se tiver mais de dois dígitos nas pesquisas.

Remédio

Como a segurada nos gastos, com maior demora para pagar fornecedores, atraso no pagamento da contribuição patronal ao Ipreville, e reduções em contratos não foi suficiente para enfrentar a crise, na semana que vem a Prefeitura de Joinville anuncia o que muitos outros municípios já fizeram: uma lista de medidas de economia.

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Gasto com saúde

As duas cidades da região com mais pacientes atendidos no Hospital Municipal São José de Joinvillle são as que menos gastam proporcionalmente em saúde na área da SDR, ainda que estejam acima do mínimo constitucional, de 15%. Conforme o Ministério da Saúde, São Francisco do Sul gastou 20,58% dos impostos com o setor em 2014.

Diz que não é

Por mais que ele negue e Darci de Matos se defina como pré-candidato, Kennedy Nunes ainda é apontado nos bastidores como um dos nomes possíveis para a disputa de 2016. Nem que seja por outro partido – e se for para enfrentar Udo, o PSD poderia liberar sem problemas. O motivo é a desconfiança por Kennedy ter desistido depois de tentar o cargo de prefeito em três eleições.

No ambulatório

Em Araquari, o índice foi de 20,90%, pelo mesmo critério. As duas cidades respondem por 7% das internações do hospital – que é referência regional, é para lá que os pacientes têm de ser levados na maioria dos casos. Mas Araquari e São Chico também lideram entre os pacientes de fora atendidos no ambulatório do hospital.

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Mais votos

Quando disse que a preferência para a candidatura do PSD em 2016 seria quem fosse o mais votado em 2014, Kennedy vinha da confortável condição de ter feito 100 mil votos já no primeiro turno da eleição municipal de 2012. Só que veio a eleição estadual de 2014 e Kennedy fez 23 mil votos em Joinville, com Darci chegando perto dos 30 mil. Os dois se reelegeram, mas a preferência para a disputa da Prefeitura ficou com Darci. Pelo menos pelo PSD…

Como é a conta

As demais cidades da SDR de Joinville têm índices maiores de gasto com saúde. A despesa própria com saúde ficou em 37,28% no ano passado. Apenas para reforçar, o índice é calculado em relação à receita de impostos, um montante menor do que o orçamento ou receita líquida (usada para cálculo de pessoal).