Em atualização dos gastos de saúde, agora que praticamente todos os 5,6 mil municípios mandaram os dados do ano passado para o Ministério da Saúde (só 11 prefeituras não o fizeram), Joinville se mantém perto do topo: 41,04% da receita com impostos foram gastos no setor, o quinto maior índice do País. Só para reforçar, esse cálculo é feito sobre os tributos e não em relação ao orçamento. O mínimo exigido é 15%. Só que o índice tão elevado de Joinville serve mais para comprovar uma distorção do que propriamente demonstrar um maior esforço da Prefeitura em ajudar a saúde.

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Trata-se, principalmente, do peso de bancar um hospital do tamanho do São José, uma obrigação que sucessivos prefeitos tentam compartilhar com Estado e União, sem sucesso algum. Sem o hospital, o índice cairia para 25%. Mas é uma conta da qual a Prefeitura não tem como se livrar a curto ou médio prazo. E mesmo os investimentos acima do determinado não tem sido suficientes para atender a demanda em Joinville.

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Superlotação

Os investimentos no São José não têm sido suficientes para atender à demanda. Em 2016, o índice de ocupação está em 136% – o que mostra a extensão do atendimento em corredores.

Ações do MP

A fila das consultas, exames e cirurgias é motivo de ações do MP,. Há também descumprimento de liminares. A falta de remédios motivou, entre outras causas uma CPI da Saúde no ano passado.

Sem atender

Nesta primeira semana de restrição no atendimento por causa do atraso no repasse do governo do Estado, o Hospital Infantil de Joinville deixou de fazer 1,7 mil consultas, cirurgias e exames. São procedimentos eletivos, marcados com antecedência. A dívida chega a R$ 13,6 milhões, se incluída a parcela de março.

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Liminar

Kennedy Nunes conseguiu liminar na sexta para que seu nome e foto sejam excluídos da campanha Inimigos da Educação, mantida pelo Sinte, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação. O deputado do PSD alegou que não participou de votação sobre plano de cargos e salários. O Sinte já havia retirado o nome dele, mas Kennedy vai insistir em indenização.

Sem pressa

A falta de pressa do PSDB em apresentar Marco Tebaldi como pré-candidato a prefeito tem a ver com a eleição de 2012, entre outros motivos. Na disputa passada, o deputado assumiu a candidatura no início de abril de 2012, o que hoje é considerado cedo demais porque fez os adversários logo partirem para o ataque.

Escrito nas…

A situação era diferente. Assim que começou a fritura de Tebaldi na Secretaria de Estado de Educação, ainda no final de 2011, era sabido que ele concorreria se saísse do cargo. Era uma “ameaça”. Mas mesmo depois de deixar a pasta, em fevereiro, a aposta dele era Darci de Matos.

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Sem Darci

Só que a pressão de Colombo, interessado em agradar a LHS e – que tinha Udo como candidato -, fez Darci recuar e Tebaldi se viu sem candidato. Afinal, não apoiaria Kennedy, o escolhido do PSD. O movimento “Volta Tebaldi” também ajudou na opção pela candidatura. Na eleição, Tebaldi ficou em quarto.

Nomes próprios

Na reunião do PMDB em Joinville, sob comando de Mauro Mariani e Valdir Cobalchini e organizada por Ademir Machado, o partido reforçou a disposição de lançar candidato próprio nas oito cidades da ADR (ex-SDR). Os prefeitos Ademar Borges (Barra do Sul) e Udo Döhler (Joinville) vão tentar a reeleição.

Pela região

Em Itapoá, Sergio Aguiar não tentará a reeleição e o PMDB vai de Daniel Weber – em 27 anos, a cidade só teve três prefeitos, com Aguiar, Ademar Ribas do Valle e Ervino Sperandio se revezando. A candidatura do PMDB em São Francisco está entre os ex-prefeitos Godofredo Moreira e Odilon Oliveira.

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Mais uma alegação

Na reunião do PSDB na chácara de Odir Nunes, Paulo Bauer não chegou a descartar a possibilidade, mas explicou por que não deve disputar a Prefeitura de Joinville. Além dos argumentos já conhecidos, de que Marco Tebaldi é nome certo, foco na eleição de 2018, etc. ainda se somou o novo momento político.

Chance de Tebaldi

A nova situação é que em um eventual governo Temer, Bauer deixará de ser oposição e poderá ter mais destaque como senador. O mesmo pode se repetir com o próprio Tebaldi, adepto de primeira hora do impeachment. Só que o PSDB não vai abrir mão da candidatura, por isso o nome será Tebaldi. Na reunião de quinta, o deputado só apareceu no final.

Ônibus

A 17ª Promotoria de Justiça de Joinville recebeu os estudos sobre as planilhas do transporte coletivo elaborados por técnicos do Ministério Público em Florianópolis. Agora, os trabalhos serão avaliados para decidir se cabe ação judicial. A promotoria abriu inquéritos civis para apurar os aumentos da passagem de 2015 e de 2016.

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Olho na água

O vereador Fabio Dalonso está sugerindo aos pré-candidatos a prefeito de Joinville a inclusão da Carta das Águas, produzida em evento sobre recursos hídricos realizada pela Câmara no ano passado. Entre os temas, está a construção de reservatórios de água bruta e redução de perdas na rede, entre outras medidas. Darci e Udo já receberam a proposta.

O retorno

A partir de maio, a Prefeitura de São Francisco do Sul volta a funcionar em turno único, pela manhã.

Coincidência?

Depois de Maycon César entrar com ação questionando a ausência de plano viário antes da LOT (ele não conseguiu suspender as audiências públicas, mas a Justiça está cobrando explicações), a Câmara de Joinville suspendeu as reuniões de segunda de análise do projeto.