O empresário Ivandro de Souza, até então o único pré-candidato assumido do PSDB a prefeito de Joinville, renunciou na última quinta-feira à presidência do partido na cidade e comunicou seu desfiliação da sigla. Em carta ao partido, Ivandro alegou que sua empresa de construção civil passa por expansão, processo que vai exigir “foco e atenção total” dele e de seus funcionários.
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Nos bastidores, o empresário já vinha se afastando de Marco Tebaldi, a principal liderança do PSDB em Joinville e até pouco tempo incentivador da candidatura. Em episódio sobre a votação do orçamento da Prefeitura de Joinville, a postura de Ivandro foi criticada de forma velada por Maycon Cesar e Tebaldi e seu grupo não teria sido solidário com o presidente.
O episódio vai inevitavelmente, fortalecer o movimento para Tebaldi disputar a Prefeitura novamente. Prefeito entre 2002 e 2008, o tucano ficou em 4º lugar na eleição de 2012.
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Divisão interna
A saída de Ivandro não altera o racha do PSDB, que tem Tebaldi e Maycon como adversários do governo Udo, e os vereadores Maurício Peixer e Fabio Dalonso com postura mais governista. Com a saída do empresário, a presidência ficará interinamente com o vice Cromácio José da Rosa, ligado a Tebaldi.
“Te prepara”
Nesta semana, os senadores Paulo Bauer e Dalírio Beber conversaram com Marco Tebaldi em Brasília e avisaram ao deputado federal que fique preparado sobre a “eventualidade” de concorrer a prefeito de Joinville em 2016, embora aponte Ivandro de Souza como atual pré-candidato – o senador disse isso antes do anúncio do empresário.
Nome próprio
“Eu também não queria concorrer ao governo e acabei disputando”, recorda Bauer. O senador do PSDB aponta a candidatura própria em Joinville como determinação nacional do partido, afinal, a cidade tem mais de 200 mil eleitores e, portanto, a possibilidade de segundo turno.
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A composição
Mas Bauer coloca um asterisco nessa história: em Joinville, como qualquer outra cidade do Estado, pode não ter candidato próprio se o projeto estiver conectado com a eleição estadual de 2018. “Em Blumenau, temos um candidato à reeleição e vamos querer apoio. Não devemos fechar a porta nas outras cidades”.
De volta
No dia seguinte à extinção da liminar que impedia a sanção do projeto, entrou em vigor ontem em Joinville a reedição de lei que permite a regularização de imóveis construídos ou ampliados sem atender à legislação. Em troca de pagamento à Prefeitura, proporcional à extensão da ilegalidade, o imóvel é regularizado. A lei terá validade até o final de 2017.
No rio
O engenheiro Giovanio Gonçalves, ao passear de caiaque nesta semana no rio Cachoeira, no Centro de Joinville, relata ter encontrado capivaras, peixes e muitos pássaros nas áreas de árvores e mato nas margens (como a região das figueiras). Já onde tem o bulevar ou os muros de pedra, “só há mosquitos”.
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Inspeção
O projeto de Marco Tebaldi sobre inspeção de produtos de origem animal, aprovado nesta semana em comissão de Câmara dos Deputados, foi baseado em exemplos locais: pequenos produtores da região de Joinville não podem vender em Curitiba porque há imposição de inspeção federal.
Para vans
Se o projeto virar lei, a inspeção poderá ser feita pelo próprio município, em serviço a ser contratado pelas prefeituras. Outro projeto de Tebaldi aprovado em comissão permite a vans e micro-ônibus fazerem fretamento de passageiros entre Estados.
Ainda em 2015
A expectativa era deixar a análise para o ano que vem, mas um acordo entre os vereadores pode levar a Câmara de Joinville a aprovar na semana que vem o projeto para permitir a retomada do estacionamento rotativo, suspenso desde 2013. Depois da votação, o Detrans terá de fazer a licitação.
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Contestação
O governo Udo está contestando na Justiça o reconhecimento pelo governo anterior da dívida da Prefeitura de Joinville com as empresas de ônibus do transporte coletivo. Perícia judicial apontou débito de R$ 268 milhões pela defasagem da tarifa em relação à planilha entre 1997 e 2010.
Argumentos
No final de governo Carlito, foram reconhecidos R$ 125 milhões desse montante. A atual administração alega que a medida precisaria de aval da Câmara de Vereadores e não poderia ser adotadas em previsão orçamentária. Também estão questionados os parâmetros para reconhecimento parcial da dívida e há interesse em questionar as regras da perícia.
Suspensa
Em decisão tomada nesta semana, a 1ª Vara da Fazenda de Joinville manteve a suspensão da licitação do transporte coletivo, em ação apresentada pela Gidion e Transtusa. A alegação é de necessidade de a Prefeitura decidir o que fará sobre a dívida da planilha.
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Expectativa
Na pesquisa da Fecomércio, consumidores de Joinville informaram que qurerem gastar em média R$ 389 com presentes de Natal. Na pesquisa de 2014, eram R$ 514.