Tema tradicionalmente esquecido em campanhas eleitorais, convém tratar na disputa deste ano o custeio da máquina da Prefeitura de Joinville. Em 2012, ano da última eleição municipal, a folha de pagamento (a principal despesa) consumia em média R$ 1,52 milhão por dia – todos os dias do ano e incluindo o 13º salário. Se fosse pela inflação, essa despesa era para estar perto de R$ 2 milhões neste início de 2016. Mas já chegou a R$ 2,16 milhões por dia, em média. É que há o crescimento vegetativo e as contratações, além do reajuste. Repetindo, a conta é essa, R$ 2,16 milhões todos os dias, uma média incluindo finais de semana e feriados. A receita cresceu praticamente na mesma proporção. Só que há períodos nos quais a arrecadação flutua, sem crescer como esperado. No caso da folha, a conta nunca para de subir, ainda que dê para segurar contratações. Em Joinville, medidas de economia e o atraso no pagamento dos fornecedores têm ajudado a manter os salários em dia. A folha do funcionalismo custou R$ 790 milhões nos últimos 12 meses, conforme balanço divulgado nesta semana. Joinville tem pouco mais de 13 mil funcionários, com quase 11 mil deles na condição de servidores de carreira. Os demais são temporários, comissionados, estagiários ou agentes temporários.
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Nova fase
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Com a batalha para conquistar o PSB praticamente vencida, o PSD de Gelson Merisio se empenha agora para a segunda etapa da empreitada: convencer o PSB a indicar o empresário Ninfo König como vice na chapa de Darci de Matos. Dentro do PSB, a especulação é nesse sentido. Darci já disse que gostaria de contar com um empresário como vice.
Não adianta
Na tarde da última sexta-feira, Ninfo reafirmou a disposição de concorrer a vereador em Joinville. “Será perda de tempo”, disse ele, sobre a possibilidade de convite para ser vice, seja de Darci ou outro candidato. Quando entrou no PSB, Ninfo apontou o apoio a Udo como uma das condições para se filiar.
“E nós?”
O pessoal do PR de Joinville vai aproveitar a presença de Jorginho Mello neste sábado para perguntar que história é essa do PSB indicar o vice do PSD de Darci. A alegação será de que a vaga está reservada para o PR. O deputado foi avisado da encrenca por telefone, mas disse que fala sobre o assunto no almoço do Comasa. Darci também foi convidado, para explicações.
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110 anos
Assim como a unidade de Joinville, a estação ferroviária de São Francisco do Sul também está completando 110 anos neste ano. Em São Chico, a visibilidade não se repete porque a estação fica dentro do porto e também porque não passou por ampla reforma, como a construção de Joinville.
Jornada
Ainda neste ano, o Ministério Público pediu informações à Secretaria de Saúde de Joinville sobre a jornada de trabalho de médicos e outros servidores da rede pública que também dão aulas, um procedimento para checar a compatibilidade dos horários. A pasta garantiu que todo mundo é submetido ao controle do ponto. Mais informações foram solicitadas. Até agora, nenhuma irregularidade foi encontrada.
Em sexto
O PSB é muito disputado para alianças porque tem o sexto maior tempo de TV no horário eleitoral, junto com o PR. Na frente deles, apenas o PT, PMDB, PSDB, PP e PSD, nessa ordem e todos com interesse em candidatos próprios à Prefeitura de Joinville. Se confirmar o PSB na coligação, o PSD de Darci de Matos praticamente dobra seu tempo e alcança o do PMDB.
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Maiores
Na faixa de sete mil eleitores cada, as escolas Arnaldo Moreira Douat (bairro Costa e Silva), Joaquim Félix Moreira (Paranaguamirim) e Antonia Alpaídes (Nova Brasília) são os locais de votação com o maior número de eleitores cadastrados em Joinville. Numericamente, dá para eleger dois vereadores por escola. Os números finais do colégio eleitoral de Joinville serão divulgados no mês
que vem.
Em segundo
Com quase 12 quilômetros de extensão, a Estrada Blumenau só perde para a do Rio do Júlio em extensão entre as vias rurais de Joinville mapeadas no novo sistema rodoviário municipal, em análise na Câmara.
Menos
A receita do ITBI, o imposto de compra e venda de imóveis e um bom termômetro do mercado da construção civil, despencou em Joinville. No ano passado, já sob impacto da crise, o tributo rendeu R$ 12,1 milhões para a Prefeitura de Joinville. Agora, trouxe apenas R$ 10,3 milhões.
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Estupros em Joinville
Os estupros são bem mais comuns em Joinville do que possa parecer a tímida cobertura sobre o tema. No ano passado, foram 118 casos, com outras 29 tentativas. Ou seja, é registrado um estupro a cada três dias. E trata-se de estatística oficial, que cobre apenas parte dos casos ocorridos.
Um dia depois do outro
O que não faz a proximidade com a eleição e a necessidade de fechar alianças: se há seis meses alguém sugerisse a Udo Döhler entregar a Secretaria de Assistência Social para o Pros e a Habitação para o PSB, seria deixando falando sozinho. Agora, são ofertas assumidas com naturalidade – o PSB não aceitou a pasta.
Móveis
Cláudio Aragão aponta a instalação de dois consultórios móveis como forma de amenizar os impactos da reforma do PA Sul (Itaum). A proposta foi apresentada à Secretaria de Saúde de Joinville e, como há dez contêineres-consultórios alugados, há chance de aproveitamento.
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Tebaldi
Em nota distribuída na sexta, Marco Tebaldi (PSDB) diz que os slogans usados durante seu mandato como prefeito tinham como meta “aumentar a autoestima do joinvilense e colocar a cidade para cima”. Em ação do MP de 2008, com acusação de promoção pessoal por causa de campanhas da Prefeitura, Tebaldi foi condenado em primeira instância na semana passada.
E o PT?
As penas foram multa e perda de diretos políticos por oito anos – as punições só valerão se o deputado for derrotado nos recursos. Além de lembrar que a condenação surge no momento que é especulada sua candidatura a prefeito, Tebaldi cita slogans usados pelo PT durante 13 anos, como “Um País de Todos”, por exemplo, sem sofrer condenação e entregando “maior estelionato eleitoral da história”.
Condenável
O deputado diz ainda que é condenável a morte de ciclista e de mãe de sete filhos em buracos, recorde de assassinatos, corte de fraldas geriátricas por “esta administração”, descaso com saúde, mortes de pacientes à espera de exames e cirurgias etc. A nota é encerrada com balanço de sua gestão, com “marcas” como pavimentação de 472 km, Arena, Expocentro, entre outras obras.
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Metade?
Mauro Mariani acertou na previsão de abril de afastamento da presidente Dilma, assim que o PMDB deixou o governo. Mas ainda está distante de ser atendida a expectativa de que Michel Temer iria cortar a metade dos ministérios. Até agora, foram eliminadas oito pastas, ainda restam 24. E vai ficar por aí.