A Prefeitura de Joinville anunciou nesta sexta-feira (20) a primeira etapa dos cortes pretendidos para tentar deixar de gastar R$ 60 milhões em um só ano. A meta inicial era economizar até R$ 25 milhões, mas a crise se agravou e houve a ampliação da meta.
Continua depois da publicidade
Pelo pacote de medidas, já está definido o corte de pelo menos R$ 36 milhões. Quase a metade desse montante será com redução dos benefícios aos servidores, como fim do pagamento do vale-alimentação para quem está de férias ou licença, fim da possibilidade de venda de dez dias de férias etc.
Em outra tesourada envolvendo funcionalismo, 200 vagas para temporários não serão preenchidas quando os contratos se encerrarem. Outro corte de maior peso é a redução em contratos terceirizados. Mas estão mapeados reduções em convênios e em parte das subvenções, eliminação do abono de permanência para servidor que adiar a aposentadoria, entre outras medidas – parte delas vai ter de passar pelos vereadores.
Ainda assim, há um caminho longo para chegar aos R$ 60 milhões, montante equivalente a um mês de gasto com pagamento dos 13 mil funcionários.
Continua depois da publicidade
Leia outras notícias de Jefferson Saavedra
Reação
A principal queixa do Sindicato dos Servidores de Joinville em relação às medidas de economia foi o corte do vale-alimentação para quem não está trabalhando (férias, licenças etc.). “Ameaça a segurança alimentar”, resume o presidente Ulrich Beathalter, que considerou os cortes prejudiciais para o funcionalismo, mas sem grande impacto nas contas. Na quarta, tem assembleia.
Cargos
Também teve bronca sindical com o pacote porque não houve cortes de cargos de confiança nem dos benefícios dos comissionados, com os 6% a mais no salário a cada três anos (o sindicato defende que só efetivos tenham esse direito).
Não mais “em dia”
Na entrevista, Udo usou a expressão “remédio amargo” para definir os cortes e admitiu que há atrasos “pontuais” no pagamento de fornecedores, embora insistisse que o tempo para espera já chegou em média a dois anos em outros tempo. Mas, seja como for, não dá mais para dizer que está tudo em dia.
Continua depois da publicidade
Preferencial
Na coletiva comandada pelos presidentes estaduais do PSD, PSB e PR, Darci de Matos e Patrício Destro sentaram lado a lado. A entrevista de Gelson Merisio, Paulo Bornhausen e Jorginho Mello foi para dizer que os três partidos terão preferência em fechar alianças, mas não será uma imposição.
Por enquanto
Os três partidos já estariam unidos para 2016 em cinco das dez maiores cidades (não foram citadas quais). Em Joinville, Darci e Patrício estão em lados diferentes: o PSD deve ter o próprio Darci como candidato a prefeito e o PSB de Patrício está com Udo.
De mudança
No final do terceiro ano do mandato, o governo Udo não resistiu a fazer uma troca de endereços entre várias secretarias e órgãos, com um enorme dispêndio de energia sem garantia de algum resultado positivo. Acabou sobrando para o Ippuj, que terá de se mudar para o prédio da antiga Prefeitura, para onde nunca ninguém quis ir (era até divertido ouvir as variadas desculpas). Parte da reforma será bancada pelo Cerest – uma das alegações é que há dinheiro carimbado para esse tipo de obra.
Continua depois da publicidade
Emprego
Em mais um mês desastroso para o emprego em Joinville, 900 vagas foram fechadas em outubro, com mais uma vez a indústria liderando os cortes, com quase 750 postos de trabalho eliminados. No acumulado do ano, Joinville perdeu 6,7 mil empregos, no conjunto de todos os setores. Os dados foram divulgados nesta sexta pelo Ministério do Trabalho.
10 mil
A crise econômica tem sido devastadora para o emprego nas indústrias de Joinville. Com o desempenho de outubro (mais 738 cortes), a cidade perdeu mais de 10 mil empregos no setor desde maio do ano passado, quando começaram a serem sentidos os impactos negativos.
Mais atingida
Nesse período, já são 10,5 mil vagas a menos nas indústrias de Joinville, desempenho que fez o setor perder para os serviços, há três meses, a liderança no emprego na cidade. Mais da metade das demissões se concentra na indústria mecânica.
Continua depois da publicidade
O corte do abono
A cesta de Natal acabou no governo anterior por causa da logística, da dificuldade de distribuição para mais de 10 mil pessoas. O jeito foi trocar pelo pagamento em dinheiro. Agora, os R$ 130 no final de ano para cada um dos servidores municipais de Joinville foi cortado. Pelo menos para 2015.
Troca das lâmpadas
O Deinfra começou na sexta a substituição de lâmpadas queimadas na SC-418, principalmente no trecho da Serra Dona Francisca, em Joinville. Parte da iluminação estava sem operar desde o início do ano.
Ainda há confiança no Centro
Ainda há esperança de construção do Centro de Inovação em Joinville, em área doada pela Univille. O projeto foi alterado, com supressão de área subterrânea e agora estaria encaminhada à liberação de R$ 7,5 milhões até o fim do ano. Os secretários Carlos Chiodini e Simone Schramm trataram do assunto na sexta. A construção foi anunciada em abril de 2013.
Continua depois da publicidade
Com faixa
Neste sábado, em protesto irônico, a Associação dos Moradores da Adhemar Garcia faz a “inauguração” da ponte entre o bairro e o Boa Vista. A construção, que já para era estar perto da conclusão, talvez só seja licitada no ano que vem.
Recuos
No diagnóstico apresentado nesta semana, a Secretaria de Meio Ambiente de Joinville propôs recuos menores para construções perto de cursos d?água. Os 30 metros cairiam para 15 metros perto de rios, canalizados ou não. De galerias, a distância seria de 6 metros e das tubulações, teriam que ser respeitados 4 metros, no mínimo. Mas só valeria em áreas consolidadas. E é preciso o aval da Procuradoria da Prefeitura. Pode ser que nem tudo seja aceito.
Na Justiça
Maycon Cesar foi à Justiça na sexta para tentar suspender a tramitação do projeto do orçamento para 2016 da Prefeitura de Joinville. De acordo com o vereador do PSDB, há descumprimento do Estatuto das Cidades. “Não foi realizada consulta ou audiência públicas”, diz Maycon, citando o que ele considera o principal motivo da ação. A Justiça ainda não se manifestou.
Continua depois da publicidade
Sem emendas
Sem emenda alguma, a comissão de Finanças da Câmara de Joinville aprovou na sexta o orçamento para o ano que vem. Na semana que vem, tem a votação em plenário. Será a última chance de tentar incluir uma emenda no projeto. Maycon está inconformado com rejeição de emenda dele sobre gasto com publicidade. O relator Fabio Dalonso alegou erro na redação.
Em ação
O Instituto Amar informa manter o atendimento por meio de ônibus e utilitário e também na rua Lages, na Norte de Joinville.
Há vagas
Há dois cargos vagos na SDR de Joinville. Se vierem a ser ocupados, só em fevereiro.