Nenhum tema em Joinville está tão efervescente quanto a segurança pública. Em cardápio farto, tem desde os atritos por causa do fim do convênio das multas entre Estado e Prefeitura a até ameaças de empresários de instalação de outdoors em Florianópolis para cobrar do governo estadual mais investimentos no setor. Na semana, teve de tudo. Na visita ao Festival de Dança, o governador Raimundo Colombo ouviu sobre as consequências do fim do convênio das infrações de trânsito e soube da insatisfação empresarial em relação aos assaltos e arrombamentos no comércio.

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O governador ficou de analisar a situação com o secretário César Grubba. Em outra frente, a PM citou que há veículos encostados por necessidade de manutenção, o que em nada prejudica o policiamento neste momento porque há viaturas de reserva nos batalhões.

Mas o comando adianta que pode haver impactos no futuro porque a PM não tem mais acesso aos recursos das multas por causa do fim do convênio. Uma concorrência de R$ 604 mil para compra de peças foi cancelada pelo Detrans de Joinville, sendo que há R$ 1,1 milhão pertencente à polícia em conta administrada pelo município. Aqui, o bicho pega.

Irritação do governo

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Claro que logo chegou à Prefeitura a história da conta com recursos parados, o que irritou o pessoal do governo Udo: não seria R$ 1,1 milhão que resolveria os problemas de segurança em Joinville. Além disso, não haveria como liberar o recurso agora porque não há amparo legal por causa do fim do convênio – isso foi dito na quinta, em reunião no gabinete do prefeito, com presença também das polícias Civil e Militar.

Sem acordo no convênio

Não bastasse, o Estado estaria devendo R$ 2,3 milhões à Prefeitura por causa de licenciamentos no convênio encerrado em junho. O temor no governo Udo é que a conta política da segurança acabe sobrando para o município, o queé considerado injusto. Em tempo: o convênio não foi prorrogado porque houve divergência no rateio das multas, com nova proposta do Estado rechaçada pelo município.

Mobilização

Os assaltos e furtos contra o comércio em Joinville motivaram nova rodada de mobilizações de lojistas. Já houve reunião com a PM, e na sexta foi a vez da visita a Udo Döhler. A ameaça de outdoors em Joinville e na Capital acendeu o sinal de alerta. A cobrança é por providência a curto prazo, quem sabe remanejamento de policiais para a cidade. Por enquanto, a ideia do protesto está em stand by.

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Mais reuniões

Na segunda, a reunião à tarde dos empresários será ampliada, com participação da Acij, Acomac, Ajorpeme e CDL. Serão avaliados quais serão os próximos movimentos. Pela manhã, pode ser que surja algo no encontro na ADR de Joinvile, com a presença de representantes da Secretaria de Estado da Segurança Pública para ver o que é possível ser feito – essa reunião foi marcada justamente para tentar acalmar quem queria outdoor.

Com lajotas

Iniciada em maio, a pavimentação com lajotas está em andamento na Estrada do Quiriri, em Pirabeiraba. O contrato de R$ 2,4 milhões tem prazo até o início do ano que vem para ser concluído.

Limite de contratações

Além do teto de gastos com campanha, a Justiça Eleitoral também divulgou nesta semana o limite de contratações remuneradas de cabos eleitorais para as eleições municipais. Em Joinville, os candidatos podem pagar por até 643 pessoas (advogados e fiscais não entram na conta). Para quem concorre a vereador, o limite é de 180 contratados.

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Convenção do PP

Com convenção marcada para o dia 4, o PP de Joinville ainda tenta conseguir alianças para a candidatura do Dr. Xuxo. Se não der, a chapa pura poderá terá Adilson Moreira, Carmelina Barjona ou Maria Cadorin como vice – há outros nomes. Quem é cotado, mas prefere não concorrer, embora vá participar da campanha, é Eni Voltolini.

É Festa do Boi

Com a coreografia “Urrou – É Festa do Boi”, a Escola Pedro Ivo Campos, de Joinville, conquistou o segundo lugar em danças populares (conjunto júnior). A Festival de Dança de Joinville iniciou na última quarta-feira.

Recapes

O recapeamento total de ruas onde foi instalada a rede de esgoto rendeu ação civil pública apresentada pela Ministério Público à Justiça na semana passada. As obras foram contratadas pela Águas de Joinville junto à três empreiteiras e os trabalhos foram realizados até 2011.

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Teve CPI

Entre 2013 e 2014, foi realizada CPI na Câmara de Joinville sobre o tema porque os contratos não previam recapeamento total e sim parcial, apenas por onde a tubulação passou. Os vereadores não chegaram a votar o relatório, mas a apuração foi enviada ao MP, que considerou irregular a execução dos contratos.

Mais perto

No início da noite de sexta, Darci de Matos recebeu do PSB o conjunto de propostas do partido de Patrício Destro. As sugestões deverão ser incluídas no plano de governo do PSD. Na segunda, em convenção, o PSB deve confirmar Julio Fialkoski como vice de Darci. Caso se confirme, será o primeiro vice definido na disputa em Joinville.

Postos

No acordo com o MP sobre os postos de saúde, com mais prazos para a adequação, a Prefeitura de Joinville se comprometeu a manter um engenheiro para acompanhar as obras de reforma e construção. O profissional também se encarregará da manutenção dos postos. O termo de ajuste ainda precisa do aval do Judiciário.

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Em queda

A movimentação de passageiros no transporte coletivo em Joinville teve queda de 6,3% neste primeiro semestre de 2016 em comparação com os seis primeiros meses do ano passado. Desde o final de 2011, há apenas cinco anos, portanto, a quantidade de usuários caiu 15%.

Mais moradores

Em outra comparação, há cinco anos a média mensal de passageiros transportada pela Gidion e pela Transtusa era de 3,2 milhões. Agora em 2016, caiu para 2,7 milhões. Pelas estimativas do IBGE, Joinville tinha 521 mil moradores há cinco anos. Em 2015 (o número de 2016 ainda não saiu), eram 562 mil habitantes.