"Juntos Somos Mais Fortes! Eu vou resgatar o meu JEC", a frase soa como uma espécie de convocação à torcida e a cidade por parte do Joinville Esporte Clube (JEC), que intensificou nesta semana a busca de apoio em torno do plano de reestruturação da equipe. Nesta terça-feira, 27, Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente e um dos maiores responsáveis pela recuperação financeira do Flamengo, visitou o Centro de Treinamento (CT) do Morro do Meio, e compartilhou um pouco da transformação do clube carioca.
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Na véspera, a direção do Joinville também apresentou as condições atuais e o plano de ação do clube para a sociedade e empresários na Associação Empresarial de Joinville (Acij). De acordo com o presidente-executivo do Tricolor, Vilfred Schapitz, o planejamento estratégico já está em execução e visa a reestruturação do clube com apoio de empresas, torcedores, profissionais e exemplos de outros clubes e moradores locais.
— A reunião foi um momento importante para mostrar o que está acontecendo e quem está reestruturando o Joinville, para que na sequência, a nova diretoria que vier venha a manter o mesmo planejamento iniciado agora e não volte a estaca zero — aponta Vilfred.
— Já durante a visita do Eduardo Bandeira de Mello, ele evidenciou que o Flamengo estava em situação difícil e conseguiu se reestruturar. O que ele nos demonstrou é que é preciso ter transparência diante das dificuldades e mostrar isso para a torcida, sem precisar de promessas, mas ser honestos e dizer que precisamos recomeçar, para que a torcida esteja junto com a gente nesse processo — continua.
O recomeço começou a ganhar força com a realização de cerca de 20 reuniões, que reuniam cerca de 25 a 30 pessoas entre torcedores, diretores e membros do conselho, dispostas a debater as qualidades do JEC e suas fraquezas para montar um plano de ação efetivo.
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— Somos em 12 diretores e uma equipe de quatro deles está cuidando do passado, outros quatro do presente e mais quatro que estão planejando para o futuro. Há ano a gente pegou uma situação e nós só estávamos apagando incêndios e tendo dificuldades diárias, hoje a gente já começa a fazer planejamento e trabalhar no dia a dia para ter bons resultados no futuro — avalia o presidente do clube.
Primeiras metas
O primeiro passo da transformação do JEC deve ter resultados práticos já no mês de setembro, cujo a meta é deixar a folha de pagamento do clube em dia, com uso do ato trabalhista em que todas as pendências são resolvidas em um único processo. Outra frente de trabalho é reunir as certidões negativas de débitos, fundamental para a liberação de um crédito de cerca de R$ 900 mil junto ao Fundesporte/SC.
— A intenção é repassar o valor (a ser conquistado) para a base, em que temos custo mensal de R$ 150 mil. Com o valor valor é possível então investir na formação de novos atletas — reafirma Vilfred.
Outra mudança importante foi a redução na folha de pagamentos, que chegava a cerca de R$ 580 mil em maio e teve redução porque o número de funcionários do JEC passou de 172 para 70 neste segundo semestre. A quitação de todos os débitos devem levar em torno de 10 meses.
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— Acredito que com essas ações, dentro de um ano, a gente já vai poder ver o JEC numa situação mais tranquila até para disputar o Campeonato Brasileiro Série D — finaliza.