Dois gigantes do futebol catarinense se enfrentam pela quinta vez na briga pelo título do Estadual. Figueirense e Joinville já estiveram frente a frente quatro vezes em “finais” do Campeonato Catarinense. Em 1983 e 84 o JEC se deu melhor em jogos que não eram exatamente finais, mas decidiram o caneco. A equipe do Norte conseguiu dois empates por 0 a 0 que garantiram ao clube a liderança do Quadrangular e consequentemente o título. Em 2006 e no ano passado, o Furacão levou a melhor em finais com jogos de ida e volta. Assim, a decisão de 2015 é um desempate.
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Está escrito no hino do JEC, o time nasceu campeão. Desde que foi criado em 1976 até o final da década de 1980 o Tricolor acumulou 10 títulos. Mesmo com um time com Albeneir e Balduíno, o Figueirense não conseguiu vencer o Joinville no Estádio Orlando Scarpelli.
– O time deles era muito complicado, tinha o Levir Culpi, o Albeneir, que foi artilheiro do campeonato. Mas a nossa equipe era entrosada e com muita qualidade. Além disso, o apoio que recebíamos na época era algo diferente. Naquele tempo tínhamos uma estrutura que muitos times não têm hoje – lembra Edemar Luiz Aléssio, o Palmito, volante nos títulos do JEC em 83 e 84.
O Joinville ficou engasgado na garganta do torcedor alvinegro até 2006, quando Fernandes e companhia conquistaram o título no Scarpelli. No ano passado, os times se reencontraram. Depois de ser derrotado na Arena, o Furacão precisava de uma vitória em Florianópolis para conseguir o título.
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– Estávamos com sangue nos olhos. Foi a primeira vez que vi o Scarpelli lotado daquele jeito. Não poderíamos deixar escapar em casa essa taça. Começamos muito bem e em pouco tempo estávamos ganhando. Foi muito mais administrar a partida no segundo tempo – recorda o goleiro Tiago Volpi, hoje no Querétaro, do México.
Em 2015, Final equilibrada
No desempate, Palmito e Volpi são da mesma opinião: não há favorito. E realmente, Figueirense e Joinville foram as melhores equipes do Catarinense e chegam à final em bom momento.
– Uma decisão assim, com grandes times, valoriza o nosso campeonato. É um jogo equilibrado, difícil de apontar um favorito – analisou Palmito.