Em busca da tacada perfeita. Assim JEC e Chapecoense iniciam, neste domingo, a partir das 16h, na Arena Joinville, a final do Campeonato Catarinense. Enquanto o Coelho vive uma fase de lua-de-mel, encaçapando vários adversários seguidos, o Verdão se encontra em uma sinuca de bico após uma queda vertiginosa de produção da equipe.
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E pensar que a situação de ambos era totalmente inversa no começo da temporada. O Joinville saiu do buraco, já que fez uma primeira fase pífia com apenas oito pontos, o que provocou a saída de PC Gusmão e o retorno de Hemerson Maria no meio do turno. Depois disso, a equipe engatou uma invencibilidade de nove jogos no Catarinense, venceu o returno e está muito motivada. Do outro lado, a Chape começou o Estadual avassaladora, com uma tacada contínua encaçapando gols e empilhando vitórias, tendo vencido o turno de forma invicta. Mas perdeu rendimento e a chance de ser campeã antecipada, derrubando o ânimo do elenco.
Em campo as duas equipes possuem estratégias distintas. O JEC costuma adotar a postura do que se chama na sinuca de jogada de segurança, quando o jogador abdica da possibilidade de jogar no ataque, optando pela defesa. Os números mostram a consistência defensiva dos comandados de Hemerson Maria. Se no primeiro turno a defesa foi vazada 11 vezes, no segundo, apenas seis.
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Já o Verdão possui um time mais técnico e veloz, preferindo jogadas de efeito e abusando das tabelas. O problema não está aí, como mostram os números. Se no primeiro turno a equipe de Guto Ferreira fez 13 gols, no returno foram 20, se consolidando como o melhor ataque. O taco anda espirrando atrás. Na primeira etapa do Estadual foram apenas três gols sofridos. Já na segunda parte foram 14. Ainda assim, a Chape tem, ao lado do próprio JEC, e do Criciúma, a melhor defesa, com 17 tentos sofridos.
A vantagem o clube do Oeste é que, pela melhor campanha, joga por dois empates para se sagrar campeã após cinco anos. Já o Tricolor do Norte precisará tirar essa vantagem e conta com o apoio da torcida na primeira partida para matar o jogo e se aproximar da taça após 15 anos.
Glossário
Futebol e sinuca possuem termos de significado semelhante. Veja alguns mencionados nesta reportagem:
Bola 7: a bola mais valiosa do jogo, preta, que vale sete pontos e deve ser a última a ser encaçapada.
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Boca de caçapa: espaço junto à caçapa, entre os bicos das tabelas ou muito próximo deles.
Caçapa: bolsa feita de diversos materiais que recebe as bolas.
Conduzir a bola: movimento em que, com o taco, se “empurra” a bola contra outra ou a tabela, também conhecido como “carretão” ou “carrinho”.
Espirrar o taco: quando o jogador erra a tacada e só resvala na bola.
Jogada de efeito: tacada faz a bola girar, alterando a trajetória da mesma.
Jogada de segurança: feita sem intenção de encaçapar, visando obter posicionamento da bola branca e ou da vez, que provoquem dificuldades na jogada do adversário.
Preparar a bola: técnica que usa o movimento e impulsão da bola branca para encaçapar uma bola e se posicionar próxima à seguinte.
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Sinuca de bico: situação de jogo em que a bola branca toca ou se aproxima do bico de tabela, impedindo que o jogador atinja a bola seguinte.
Tabelas: nome das laterais da mesa de sinuca.
Tacada contínua: ato de obter, em seqüência ordenada contínua, o encaçapamento legal de duas ou mais bolas.
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VOCÊ SABIA?
Se no futebol o bola da vez é o personagem do momento, que tem se destacado, na sinuca é o oposto. No jogo, trata-se da bola de menor valor, que não retorna à mesa mesmo quando encaçapada sem falta.
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