O JEC marcou para a próxima terça-feira (30), em evento aberto para toda a comunidade, a apresentação do novo modelo de gestão que será adotado no clube. Após aprovação dos estudos de viabilidade da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), o clube vai expor as ideias e o planejamento do passo a passo que será seguido para que o Tricolor se transforme em um clube-empresa. 

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A implementação total da SAF deve levar algum tempo, já que é um processo burocrático e repleto de etapas a serem seguidas. A mudança da forma de gestão é um projeto do clube, acompanhado por todos os poderes (Conselho Deliberativo; Conselho Fiscal e Diretoria Executiva). O principal objetivo da mudança é atrair investidores para maior eficiência na gestão de capital do clube e, assim, sanar dívidas, além de conseguir montar equipes competitivas dentro de campo. O evento do dia 30 de novembro vai ser realizado no Salão Nobre da ACIJ (Associação Empresarial de Joinville), a partir das 19h, e será aberto para sócios, imprensa, empresários e comunidade em geral.

Os estudos de viabilidade da SAF, que serão apresentados neste dia, já foram aprovados por unanimidade pelos Conselheiros e agora repassados à comunidade joinvilense. Esta foi a primeira “etapa” do projeto, que visava estudar e dissecar a Lei 14.193, que institui a Sociedade Anônima do Futebol. Durante mais de quatro meses, uma comissão formada por conselheiros do Tricolor estudou o texto e ouviu especialistas no assunto, para checar as possibilidades dentro da realidade do Joinville Esporte Clube. Ainda não há previsão de quando, de fato, o JEC vai se tornar um clube-empresa.

SOCIEDADE ANÔNIMA DO FUTEBOL

Sancionada em 6 de agosto de 2021 pelo Governo Federal, a lei quer estimar que os clubes de futebol no Brasil – em sua ampla maioria associações sem fins lucrativos – possam profissionalizar sua gestão e sejam transformados em empresas de sociedade anônima, capazes de receber investimentos privados. A legislação facilita o processo e traz incentivos para os clubes migrarem a esta nova realidade.

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Além disso, a lei estabelece ainda uma série de regras que precisam ser seguidas para garantir a transparência e, de fato, melhorem a governança e gestão dos clubes. Um dos pontos para garantir equidade, por exemplo, é o fato de proibir o controle cruzado de mais um clube por uma mesma empresa. Dessa forma, um acionista controlador não pode ter participação direta ou indireta em mais de uma SAF. 

Um dos pontos que mais atrai os clubes brasileiros, profundamente endividados, é a possibilidade de um maior parcelamento de suas dívidas e com valores facilitados, além de permitir que haja a separação entre as obrigações civis e trabalhistas.