Continua depois da publicidade

O Joinville anunciou na tarde deste domingo que Ramon Menezes, ex-jogador e ex-auxiliar técnico do clube, será o novo comandante do Tricolor na dura missão de livrar a equipe do rebaixamento à Série C.

Leia mais notícias sobre o JEC

Esta será a terceira passagem do profissional pelo JEC. A primeira chegada aconteceu ainda como atleta, aos 38 anos, em 2011. Na ocasião, Ramon jogou como camisa 10 da equipe e participou com destaque da campanha que rendeu ao JEC uma quarta colocação no Campeonato Catarinense. Na sequência da temporada, sofreu com lesões, mas esteve no grupo que ascendeu à Série B e levou o título da Série C.

Depois de deixar o clube em 2012, Ramon voltou no fim de 2013 e participou em 2014 como auxiliar de Hemerson Maria na campanha que culminou no acesso à Série A e no título da Série B. No mesmo ano, voltou a sair por optar pela carreira de treinador.

Continua depois da publicidade

Mais dois anos se passaram e ele está de volta numa missão bem mais complicada e num papel de maior protagonismo. Mas é a estrela das passagens anteriores que fez a diretoria do JEC confiar em Ramon e faz o próprio Ramon acreditar que é possível chegar à outra grande conquista pelo Joinville.

– Para mim é uma satisfação muito grande voltar ao Joinville. É lógico que, numa outra função, numa função de treinador, de líder. Na vida da gente e na nossa carreira, nós temos que correr riscos. É um risco e eu assumi porque eu vejo qualidade no time, vejo que é uma grande oportunidade para mim e também uma grande oportunidade de mostrar meu trabalho – disse.

Antes do Tricolor, Ramon passou pelo Anápolis-GO, onde fez cinco jogos, com duas vitórias, dois empates e uma derrota – aproveitamento de 53,3%. Ele era vice-líder do grupo A do Campeonato Goiano, com oito pontos, mas acabou demitido.

Continua depois da publicidade

Veja a tabela da Série B

Ainda em 2016, assumiu o Guarani, de Divinópolis (MG). Lá, não conseguiu evitar o rebaixamento para a Segunda Divisão do Campeonato Mineiro nas quatro rodadas finais. Ainda assim, somou sete pontos – duas vitórias, um empate e uma derrota (diante do Cruzeiro), com aproveitamento de 58%.

Responsável pelo acerto com Ramon, o presidente do JEC, Jony Stassun, não acredita que a inexperiência do novo técnico possa ser um problema neste momento. E é baseado nestes números de 2016 que Jony acredita no sucesso de Ramon no Joinville.

– Ele tem identidade muito forte com o clube. Fez trabalho com o Hemerson (Maria), fez como atleta. Tem acompanhado o Joinville e acredito que isso (inexperiência) não vai ser um problema – justificou.

Continua depois da publicidade

Ramon virá acompanhado tinha chegada a Joinville prevista para a noite de domingo. Ele será apresentado nesta segunda-feira, logo após o treino que começa às 9 horas no CT do Morro do Meio. Ele virá com o irmão e auxiliar, Fábio Menezes, e o preparador físico, Angelo Luiz.

Entrevista – Ramon Menezes

A Notícia – Por que aceitar um desafio como esse?

Ramon – Para mim é uma satisfação muito grande voltar ao Joinville. É lógico que, numa outra função, numa função de treinador, de líder. Na vida da gente e na nossa carreira, nós temos que correr riscos. É um risco e eu assumi porque eu vejo qualidade no time, vejo que é uma grande oportunidade para mim e também uma grande oportunidade de mostrar meu trabalho.

A Notícia – Qual é sua avaliação do momento do JEC?

Ramon – Vejo o Joinville com potencial pra sair dessa situação. É uma situação difícil né, mas eu encaro isso como um desafio, como uma grande oportunidade e num lugar que eu gosto muito. Assim que o Jony (Stassun) me ligou a gente acertou rapidamente e hoje mesmo (domingo), vou estar em Joinville e amanhã (segunda) pronto para trabalhar e trabalhar muito pra sexta-feira fazer um grande jogo.

Continua depois da publicidade

A Notícia – O que você tem a dizer às pessoas que julgam você ser muito inexperiente para este desafio?

Ramon – Eu acho que é normal, natural. Na minha carreira como treinador, eu tive duas experiências, duas experiências muito boas a nível de crescimento, no Anápolis e no Guarani de Divinópolis. Duas oportunidades distintas, numa eu tive a oportunidade de montar o time e na outra eu cheguei numa situação de muito risco, nas quatro últimas rodadas a serem disputadas no Campeonato Mineiro. Isso aí (do questionamento) é uma coisa normal, natural. Eu tenho que mostrar é o meu trabalho. Alguns acham que é bom, outros não, mas paciência. Vamos trabalhar muito.

A Notícia – Como você pode ajudar o JEC a ter um melhor desempenho?

Ramon – Eu vejo futebol como organização e equilíbrio de setores. Numa competição forte como essa, se você faz apenas 16 gols, tudo bem, mas quantos gols você tomou? O Joinville tomou muitos gols. Futebol é muito equilíbrio, se você faz poucos gols, você não pode tomar gols. Mas isso é aí é trabalho, é treinamento, é ter um entendimento muito rápido daquilo que vou querer, do que eu quero que faça.

Continua depois da publicidade

A Notícia – Você pretende ficar aqui em 2017?

Ramon – O pensamento agora, com toda sinceridade, é tirar o Joinville dessa situação. É lógico que é muito difícil, mas eu encaro isso como uma grande oportunidade na minha carreira, e como um desafio, essa é a minha motivação agora. O que vier pela frente, a Deus pertence. Eu estou muito motivado pra trabalhar nestas 12 decisões, que a gente tem pela frente.