Dois títulos nacionais, 191 jogos, um gol marcado, juras de amor eternas, presentes, brigas e um divórcio. Sim, a história de Ivan com o Joinville pode ser comparada a um casamento cheio de alegrias durante quase quatro anos. Mas, a exemplo de outras uniões, nem todas duram até que a vida as separe. No caso deste casamento, não houve conciliação no divórcio, oficializado em 2015, após um desentendimento do goleiro com o então técnico, Hemerson Maria.

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O rompimento mexeu com o goleiro. Após a saída, em várias ocasiões, Ivan procurou a diretoria do JEC tentando recomeçar a história. Outros jogadores do clube e membros da comissão técnica também receberam telefonemas do goleiro na tentativa de conciliação. Até a imprensa o atleta procurou. No entanto, em nenhum momento o Joinville cogitou recontratá-lo.

Dois anos passaram. Neste período, Ivan jogou no Paysandu e no Goiás. Pelo clube paraense, fez apenas cinco partidas em 2015. No ano passado, entrou em campo em 16 ocasiões pelo Esmeraldino, equipe pela qual conquistou o título goiano. A vida seguiu, mas Ivan continuou fazendo juras de amor ao JEC por meio das redes sociais.

Enquanto isso, o Tricolor afundou. Da Série A despencou para a Série C exatamente nestes dois anos. A coincidência é que, desde a chegada de Ivan, em 2011, o Joinville venceu três Copas Santa Catarina, a Série C e a Série B. A partir da saída dele, o clube passou a ter uma queda livre até voltar ao lugar onde justamente a história começou.

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Talvez na tentativa de voltar a ter alegrias, pela primeira vez o JEC admitiu ter interesse em reatar o matrimônio. Por telefone, o presidente Jony Stassun reconheceu que Ivan é uma das opções do departamento de futebol. O interesse de contratar um goleiro surgiu em razão da lesão de Felipe Leineker, goleiro da base. Sem o jovem, hoje, Fabinho Santos só tem Jhonatan e Matheus à disposição.

– O Ivan está na nossa lista. Por enquanto, não tem nada certo. Temos outros nomes também – afirmou o presidente, Jony Stassun.

Ivan não tem sido utilizado no Goiás. Lá, tem contrato até o fim de 2017. Uma das opções seria o empréstimo, admitido pelo Goiás no fim do ano passado a quem estivesse interessado. Outra seria o goleiro rescindir o atual vínculo para assinar com o JEC.

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– Falamos com ele para saber a atual a condição, para podermos fazer uma avaliação. Mas tudo vai depender de decidirmos por ele ou não. Se for sim, veremos como o Goiás vai querer proceder (rescisão, empréstimo, salário etc.) – concluiu Jony.

Se de fato a escolha for por Ivan, o recomeço do casamento será já a partir do Campeonato Catarinense. Por enquanto, não há definição de um prazo para saber se de fato haverá reconciliação.