Os jatos de água atirados pelos bombeiros dentro da boate Kiss dificultaram a fuga das pessoas. Este é o principal ponto do depoimento do produtor de palco da Banda Gurizada Fangueira, Luciano Augusto Bonilha Leão, ao Inquérito Policial Militar (IPM), na última quarta-feira. A investigação foi aberta pela Brigada Militar (BM) com o objetivo de investigar o trabalho do Corpo de Bombeiros durante o incêndio da Kiss, que resultou na morte de 240 pessoas, a maioria jovens universitários.
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Leão foi ouvido na Penitenciária Estatual de Santa Maria, onde cumpre prisão preventiva com outro integrante da banda, Marcelo de Jesus dos Santos, e os sócios da boate Elissandro Spohr, o Kiko, e o Mauro Hoffmann. O produtor da banda prestou depoimento acompanhado do seu advogado, Gilberto Carlos Weber.
No seu depoimento, Leão definiu o trabalho dos bombeiros como precário. Disse ter notado que houve falta de equipamentos e que ação dos bombeiros careceu de uma coordenação mais eficiente. No depoimento que prestou ao IPM, Kiko também descreveu ação dos bombeiros como precária.
O advogado de Leão espera pela conclusão do inquérito da Polícia Civil, que apura as reponsabilidades criminal do incêndio, para formular a tese de defensa do seu cliente.
– Ainda não temos uma acusação contra ele. O argumento da prisão preventiva é que pela ordem pública e para não intervir na apuração policial – disse Weber.
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