Começou o maior evento poliesportivo de Santa Catarina. Criado por Arthur Schlösser em 1960, na cidade de Brusque, atingimos agora a edição de número 41. Há quem diga que mede-se a qualidade do evento pelo cerimonial de abertura. Não chego a tanto. São 10 dias de intensa movimentação, onde julgamos as condições do município sede, a hospitalidade, a presença do público, que é quem cria o clima, e, sobretudo, a qualidade técnica dos Jogos. Os eventos realizados em Chapecó, em 1991, Itajaí, na década de 60, Joaçaba, em 1988, Brusque nos 25 anos dos Jasc, estão entre os melhores, julgando-se todos os itens acima. A sede Está igualmente convencionado que Jogos Abertos foram feitos para a cidade de porte médio, onde o envolvimento do público é total. Quanto mais próximo a localização dos ginásios e locais de competição, melhor. Circula-se com desenvoltura sem precisar muito esforço. Justamente por isso, Florianópolis, Joinville, Blumenau, principalmente, sediaram bons Jasc, mas com presença de público apenas nas finais coletivas. A distância separou muito o público do evento. A disputa A partir de hoje, sangue, suor e lágrimas nas quadras. Florianópolis tentará superar a marca dos últimos 12 troféus em Brusque e vai atrás de alguns segundos e terceiros lugares para pontuar. A FME de Floripa, me disse o diretor geral, não está preocupada em quebrar a hegemonia de ninguém, apenas ganhar os Jasc com qualidade, mostrando um trabalho que há muito se desenvolve na Capital. Tem jogo pela frente e em geral há surpresas em algumas modalidades. Simples e bonita Pelo cerimonial de abertura dos 41º Jasc, ontem à noite, pode-se ter uma idéia da organização que o evento terá. Além da parte protocolocar, a paz no mundo foi enfocada através de mensagens que tiveram a orientação de um expert em Jogos Abertos, Antônio Carlos Polettini. Os efeitos visuais fizeram o destaque do show, que apresentou canhões de luzes nas cores da bandeira brasileira. Mudança certa A alteração promovida por Vagner Benazzi no intervaldo do jogo de ontem foi fundamental para a consolidação da vitória do Figueirense sobre o Vila Nova. A entrada de Marcelinho no lugar de Kabila devolveu ao Alvinegro a criativa perdida no meio de campo. O resultado, que já estava encaminhado no primeiro tempo, foi confirmado na segunda etapa. Agora é partir para confirmar a classificação no domingo, contra o Londrina, provavelmente às 11h, com transmissão da SporTv. A raça do Leão Mais uma vez o Avaí foi buscar força no momento certo da competição. A vitória sobre o Criciúma, no Heriberto Hülse, mostra que a equipe de Humberto Ramos é de chegada e que pode muito bem estar entre os quatro classificados, principalmente pela ?ajuda? dada pelo Joinville, ontem à tarde. Domingo pela manhã, contra a Desportiva – que vem de sonora goleada para o Londrina por 7 a 0 – pode ser a confirmação de que o Avaí estará entre os classificados. Tropeço do JEC O Joinville tomou um gol no início e não soube reagir, podendo complicar o final de sua campanha. Sempre a questão dos jogos fora de casa complicando a campanha dos catarinenses. Nossos times mostram que cresceram muito em termos nacionais e até dão a idéia de que podemos chegar à Série A. Mas, antes, é preciso aprender a se dar bem fora de casa, não é possível jogar como time pequeno só porque não está diante de sua torcida. Este detalhe tem sido fundamental para atrapalhar as campanhas de nossos times em competições nacionais.
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