A atual e constante crise econômica por que passam os produtores rurais, camponeses e o setor produtivo agropecuário na América Latina e no Brasil, é reflexo de uma herança depositada, marcada pela agricultura industrializada, imposta no campo a partir da revolução verde.
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Esta “revolução” difundida no pós-guerra pelas empresas multinacionais como solução para a fome, no entanto, é um modelo esgotado pelo alto consumo de energia do petróleo, uso de agroquímicos, mecanização pesada com forte impacto sobre o meio ambiente e a saúde das populações. É, também, causadora da erosão, da poluição, da pobreza no meio rural e da degradação ambiental em grande escala.
Para reconstrução de um mundo mais justo e humano, ao lado de produtores rurais, responsáveis pela segurança alimentar de nossas famílias, acredita-se na agricultura orgânica, que oferece condições para vida microbiológica dos solos como suporte para a saúde.
Uma proposta atual são os “jardins comestíveis”, feitos a partir da incorporação de materiais orgânicos que regeneram as condições geobiológicas dos solos. Com o plantio de hortaliças, flores, ervas medicinais e pequenas frutas cria-se um espaço de biodiversidade.
Um jardim comestível pode ser implantado em qualquer lugar, seja um terreno, uma sacada, uma praça, um canteiro de calçada. Em vários países, as pessoas usam inclusive os espaços públicos da cidade. A mescla de espécies favorece a presença de insetos e seus predadores naturais, que atraem animais polinizadores, borboletas, e pequenos mamíferos.
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A diversidade traz equilíbrio, pois cada família botânica apresenta suas exigências nutricionais, mobilizadas nos canteiros em seus processos e ciclos. A multiplicidade de aromas e hormônios naturais transforma o espaço do jardim em um palco de vida. Cheios de cores e absolutamente atrativos, graciosos e divinos!