Solo pedregoso e pobre, terreno íngreme e de difícil acesso. Uma área com essas características poderia desencorajar qualquer paisagista. Ao contrário, assim que viu o espaço de 1,5 mil metros quadrados localizado a ao norte de Ilhabela, no litoral paulista, a paisagista Margareth Linhares soube que estava à frente de um grande desafio profissional.

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Aumentava a complexidade do projeto a logística – o material seria transportado do continente por balsa.

– A gente se deparou com pedras gigantes que não podiam ser retiradas do local nem demolidas, então, o jeito era adequar o projeto para aquela realidade – relata Margareth.

O trabalho foi desenvolvido durante dois anos, simultaneamente à obra da casa com piscina, executado em duas etapas: na primeira, seleção e plantio de espécies perenes como palmeiras (rabo-de-raposa e triangulares), dracenas, fórmios e frutíferas, e, na segunda, criação de canteiros e plantas floríferas, como ixóras, belas-emílias, lavandas, russélias, estas um pedido especial da dona.

Marcam o projeto paisagístico elementos naturais como dormentes nos degraus das escadas (acima), cruzetas no piso do chuveiro a céu aberto e pedras no muro (fotos abaixo).

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Localizado numa área com vista para o canal e os morros de São Sebastião, o terreno diante do mar propiciou um projeto charmoso e despojado.

– Na ilha com área de preservação vasta, procurei trabalhar o entorno com espécies tropicais e resistentes pois, como a área é elevada, o vento castiga as plantas – diz a autora.