Um ano após a assinatura da ordem de serviço que previa o início das obras do Jardim Botânico do Itacorubi pelo governador Raimundo Colombo (PSD), em 27 de março de 2014, o que se vê no local hoje, um terreno de 20 hectares às margens da rodovia Admar Gonzaga – da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) – é abandono.

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::: Jardim suspenso – obras do Jardim Botânico de Florianópolis estão paradas

A primeira parte do empreendimento, chamada Passeio de Transição – orçada em R$ 637,5 mil para a construção de um portal de entrada, reforma do casarão para o centro de visitantes, pista para atividades físicas e plataforma de observação -, deveria ter sido concluída em 2014 e estar aberta à visitação.

O projeto também prevê a edificação de outras três fases pela empresa Bonfim Engenharia, que responde à Epagri, dona da área. A conclusão segue sem data prevista e ainda depende da liberação de recursos.

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– Aguardamos R$ 240 mil liberados pelo governador caírem na conta da Epagri para dar sequência ao projeto – diz o presidente da Epagri, Luiz Hesmann.

No início desta semana, o arquiteto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Sustentável, Otaviano Pamplona, fará uma visita técnica ao local para autorizar o repasse.

Hesmann estima que a primeira e a segunda etapas deverão ser finalizadas em 90 dias. Ele ainda garante que o governo do Estado autorizou o repasse de outros R$ 540 mil para a segunda fase.

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O vereador e representante dos moradores do bairro Itacorubi, Guilherme Botelho (PSDB), afirma que o atraso da entrega é motivado por melhorias não previstas, como a construção de bicicletário e mirante.

Como gestão ainda é incógnita, Epagri sugere que seja debatida

Não bastasse a burocracia que envolve a condução do projeto do Jardim Botânico, segundo o presidente da Epagri, ainda não se sabe quem irá gerir o espaço.

– Nós cedemos o terreno, mas não é atribuição da Epagri tomar conta disso. Tememos a insegurança do local – alerta.

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Hesmann incentiva a criação de uma comissão composta por representantes de todas as entidades envolvidas – Epagri, prefeitura de Florianópolis, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e Sustentável (SDS) e Fundação do Meio Ambiente (Fatma) – para resolver o assunto.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Carlos Chiodini, diz que o governo já está discutindo alternativas:

– Após a finalização da segunda etapa da obra, é provável que formemos parceria com uma entidade reconhecida para administração da área. Visualizamos ações socioeducativas no local – diz.

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Etapas da construção

Além do Passeio de Transição, contemplado na primeira fase, o projeto do Jardim Botânico de Florianópolis inclui outras três etapas:

l Passeio da Celebração – com uma plataforma para vista aérea do mangue e pontos de observação

lI Passeio Didático – com espaço para apresentação das espécies locais e coleção de plantas

lII Passeio da Transformação – pretende levar o visitante à estação de tratamento de resíduos sólidos e apresentação do processo de mudança da paisagem.