Direito constitucional de todo cidadão, o lazer é fundamental para a qualidade de vida. É dessa forma que a Fundação Municipal de Esportes (FME) de Jaraguá do Sul diz encarar a importância dos parques infantis da cidade. Ao todo, são 42 espalhados em cerca de 30 bairros. O governo projeta reformas em pelo menos 20 deles, mas não previu o investimento necessário no orçamento da Prefeitura de 2015.
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Em janeiro, a FME realizou um levantamento e identificou os parques que precisam de adequação às regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
A exemplo do espaço construído no novo Ginásio Arthur Müller, atualmente, os parques infantis não devem ter brita, mas, sim, areia fina ou piso emborrachado. A estrutura de madeira também não pode conter substâncias tóxicas.
Em Jaraguá do Sul ainda é necessária fazer essa adequação na maioria dos parques. Outros tipos de reformas, como pintura, troca de peças e retirada de brinquedos quebrados, também são necessários. Para revitalizar os 40 parques, será preciso investir R$ 350 mil.
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O presidente da FME, Jean Leutprecht, afirma que não tem verba disponível na pasta. O levantamento foi apresentado ao prefeito Dieter Janssen, pois, caso sobrem recursos do orçamento, eles poderiam ser investidos nas áreas de lazer.
Em 2014, seis bairros receberam novos parques infantis. No Rio Molha, no João Pessoa e no Nereu Ramos, as estruturas foram substituídas. No Estrada Nova, no Rau e no Ilha da Figueira, foram instalados novos equipamentos. O investimento total foi de R$ 89.640.
No bairro Vila Lenzi, o parque da rua Francisco Piermann é bastante frequentado, principalmente nos fins da tarde e nos finais de semana. O local é arborizado, tem quadra de areia e também de grama.
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Para incentivar a preservação do local, a moradora Mafalda Steinbach instalou uma faixa na última quinta-feira. A iniciativa já deu certo em outra oportunidade, quando ela pediu a preservação da rua em que morava na cidade de Bom Retiro, na serra catarinense.
– Infelizmente, com tanta informação e tecnologia, o povo ainda não é educado. Se cuidarem agora, farei outra faixa, agradecendo – diz.
Falta conscientização
Ela afirma que a Prefeitura mantém a área limpa, mas muitos visitantes jogam copos, latas e embalagens no chão, mesmo sabendo que há duas lixeiras no local.
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Para o presidente da FME, a conscientização da comunidade ajudaria a economizar os recursos dispensados na manutenção regular.
– Quebram-se os equipamentos e o mau uso encarece a nossa manutenção. Com isso, deixamos de investir em novos parques, pois o orçamento é limitado e a comunidade precisaria ajudar a cuidar. O nosso maior desafio é o de conscientizar as pessoas – diz Leutprecht.