Debates, leitura de textos e apresentações artísticas durante todo o dia vão chamar a atenção da comunidade para a importância da paz na sociedade. A Fundação Cultural de Jaraguá do Sul oferece hoje, no palco ao lado da sede, uma programação gratuita que marca os 70 anos de um dos bombardeios mais violentos da história mundial, contra Hiroshima e Nagasaki.
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Na programação, às 9 e às 14 horas, haverá música, dança e reflexões sobre o uso de armas de destruição em massa com estudantes da região. Às 19 horas, acontecerá o Concerto Pela Paz, com apresentações do Coral Municipal de Jaraguá do Sul, o grupo musical do Centro de Convivência e da orquestra do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).
Professores e estudantes de escolas do município participarão com a apresentação de projetos desenvolvidos em sala. Alunos da Escola Municipal Francisco Solamon vão compartilhar o resultado de um debate criado em aula entre Japão e Estados Unidos, numa perspectiva atual. O secretário da associação regional da Força Expedicionária Brasileira, Ivo Kretzer, filho do ex-combatente Fridolino Irineu Kretzer, também contará a história da guerra.
Cultura da paz
O evento é um convite à reflexão sobre a importância da união pacífica entre as nações. O ataque ao Japão colocou um fim à Segunda Guerra Mundial, conflito que não se repetiu na mesma proporção ao longo da história. Há exatamente sete décadas, os Estados Unidos lançaram uma bomba atômica em Hiroshima, dizimando a população de cerca de 100 mil pessoas. No dia 8 de agosto, outra foi lançada sobre Nagasaki, atingindo mais 200 mil, aproximadamente. Os efeitos radioativos ainda causaram a morte de mais pessoas durante os meses seguintes, além de provocar problemas de saúde. Pesquisas demonstram que nessas cidades, nos anos seguintes, foi registrado aumento no número de doenças como o câncer.
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Em Jaraguá do Sul, o Museu da Paz guarda cerca de 300 peças originais das grandes guerras, além de uma réplica das bombas lançadas contra o Japão e registros da história dos 62 pracinhas do Vale do Itapocu que combateram na Itália. Segundo o presidente da Fundação Cultural, Sidnei Marcelo Lopes, o museu é fundamental para lembrar a população sobre a importância da paz.
– O episódio da bomba mudou o mundo, demonstrou o poder de destruição do homem. Hiroshima, com o tamanho de Jaraguá do Sul, foi totalmente dizimada. Muitos inocentes foram mortos. O nosso museu retrata a história da guerra, mas ele vem para trabalhar o contrário: a cultura da paz. O grande forte do museu são as ações educativas sobre a paz na família, no trânsito, na escola, na sociedade, por isso convidamos crianças, adolescentes e jovens.
Mostra de artes faz refletir
A Fundação Cultural promove, entre agosto e setembro, a mostra de artes visuais 70 Anos do Término da 2ª Guerra Mundial – Princípios para a Construção da Paz. Podem participar alunos do 8º e 9º anos do ensino fundamental, 1º ao 3º do ensino médio e supletivo de escolas públicas e particulares de Jaraguá do Sul. Serão aceitos trabalhos nas modalidades de desenho, pintura, escultura, gravura, artesanato, fotografia, história em quadrinhos ou instalação. As inscrições devem ser feitas entre 17 e 25 de agosto no site jaraguadosul.sc.gov.br/fundacaocultural.
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A partir de 31 de agosto, a mostra inaugura-se no Museu da Paz e segue itinerante pelo hall da Prefeitura, Secretaria Municipal de Educação, biblioteca municipal e Museu Histórico Emílio da Silva.