O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou nesta quarta-feira que o governo não trabalha com nenhuma solução mágica para a economia e que aqueles que mantêm essa expectativa não serão correspondidos.

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– Muita gente fica perguntando quando sairá a grande notícia. Não estamos mais em tempos de pacotes e grandes notícias – disse, após reunir-se com o vice-presidente, Michel Temer, para tentar refazer a relação do peemedebista com o governo.

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De acordo com Wagner, os ministros da Fazenda, Nelson Barbosa, e o do Planejamento, Valdir Simão, estão cuidando das ações para a retomada da economia, mas não há previsão de nada “bombástico”.

– Parece que estão esperando qual é o coelho da cartola. Não tem coelho na cartola, vamos continuar buscando equilíbrio macroeconômico e fiscal – afirmou.

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Wagner disse ainda que o governo sabe que a recuperação econômica será feita de forma “paulatina”.

– Temos consciência de que as coisas serão passo a passo retomando a confiança empresários interna e externamente – disse.

Impeachment

Após o encontro com o vice, Wagner afirmou que acredita que o processo de impeachment vai ser derrotado na Câmara e que o governo continua com pressa para tirar o assunto da pauta.

– A sociedade brasileira espera que a classe política brigue um pouco menos para que se abra espaço para cuidar do principal – disse.

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Wagner também minimizou a disputa interna do PMDB na escolha do novo líder da sigla na Câmara. No fim do ano passado, o Planalto atuou para reconduzir Leonardo Picciani para o posto. O deputado havia sido destituído do cargo pela ala pró-impeachment. Agora, os dois grupos estão novamente disputando a liderança.

Encontros

O ministro afirmou que tanto o encontro desta quarta com Temer quanto o de terça com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram para fazer um balanço do ano que terminou e uma análise dos desafios de 2016.

Segundo Wagner, a avaliação é de que, politicamente, 2015 acabou “melhor do que muita gente imaginava”.

Na noite desta terça, Lula se encontrou com Dilma, Wagner e o presidente do PT, Rui Falcão, em Brasília. O pano de fundo da discussão foi o atual cenário político e a crise econômica.

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