Embora o técnico José Roberto Guimarães tenha afirmado que gostaria de contar com a ponta na Copa do Mundo, em novembro, no Japão, o retorno às quadras está previsto apenas para o ano que vem. A fratura cervical que tirou Jaqueline dos Jogos Pan-Americanos assustou logo na estreia da seleção feminina de vôlei na competição. O colete terá de ser usado por pelo menos oito semanas, o que deixa Jaqueline fora do torneio que dá vaga para os Jogos de Londres de 2012. As informações são do GloboEsporte.com.
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Nesta terça, no México, ela falou sobre o episódio e a recuperação. Confiante, disse que fará de tudo para se recuperar o mais rápido possível e voltará “dando show”.
– A palavra exata é força. Aprendi isso desde a minha infância, com minha família. Passamos por diversas dificuldades e conseguimos reverter. Mas uma coisa que vou conseguir é mostrar para as pessoas que não se pode desistir jamais. Sou lutadora. Como gosto de dizer, sou brasileira e não desisto nunca. Vou fazer de tudo para me recuperar rapidamente. Vocês podem ter certeza de que eu vou voltar dando show – afirmou.
A recuperação é mais um obstáculo a ser superado pela jogadora, que, nos últimos anos, teve uma trombose na mão direita, foi punida por doping às vésperas dos Jogos Pan-Americanos de 2007, passou por três cirurgias nos joelhos e ainda enfrentou a interrupção de uma gravidez.
– Fico muito feliz em saber que recebo tanto carinho. Na hora do choque, foi uma sensação que nunca tinha sentido. Fiquei com o corpo dormente. Quando eu acordei e vi que as pessoas estavam preocupadas, fiquei mais nervosa. Minha preocupação maior foi por não sentir tão bem as pernas e os braços, por causa do formigamento. Mas fui me tranquilizando. Não me faltou nada nesse momento e isso me deixou muito bem. Estou super tranquila. Quero passar para minha família que estou bem – comentou.
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– Com certeza, é triste. Tem pouco tempo que eu retornei à seleção. Mas vou ficar torcendo. A minha torcida vai ser grande. Vai ser difícil, mas eu creio que essa equipe vai lutar por essa medalha de ouro – complementou.
Sobre o técnico José Roberto Guimarães, Jaqueline disse que sempre recebeu apoio e confiança.
– Zé é uma pessoa que não desiste fácil. Até o último momento, que disserem que eu tenho chances, vai falar para eu tentar. Quando perdi o bebê, ele sempre ficou comigo, me apoiou para que eu voltasse logo e eu voltei muito bem. Ele fala isso pela confiança que tem em mim. E quando eu voltar, vou estar fortalecida – relatou.