O Japão enfrenta um entorno de segurança difícil, principalmente pelo aumento das atividades militares de China e Rússia e a “ameaça iminente” que a Coreia do Norte representa, afirmou o ministro nipônico da Defesa, Itsunori Onodera.

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“A China aumentou rapidamente sua força de ação e intensificou suas atividades militares nos espaços aéreo e marítimo de nosso país, para o qual se tornou uma preocupação maior”, disse Onodera em um discurso aos principais comandantes das Forças de Autodefesa do Japão (nome das Forças Armadas do país).

Itsunori Onodera citou como exemplo de ativismo militar chinês as operações aerotransportadas ao redor do Japão e a presença de submarinos nucleares perto de pequenas ilhas em disputa.

Onodera fez as declarações no momento em que o governo japonês tenta melhorar as relações diplomáticas com a China e o primeiro-ministro Shinzo Abe prepara uma visita a Pequim em outubro.

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O governo da China é o maior sócio comercial do Japão.

Em 2012, quando chegou ao poder, Shinzo Abe adotou um tom firme nas disputas territoriais do Japão com a China.

Recentemente, no entanto, suavizou a retórica e pediu a Pequim que pressione a Coreia do Norte para abandonar seus programas nuclear e balístico.

Onodera afirmou que a Rússia ativa suas forças militares de forma preocupante, em referência às manobras que as Forças Armadas russas pretendem desenvolver em breve nas Ilhas Kuris, que o Japão reivindica.

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O ministro japonês também reiterou que a Coreia do Norte continua sendo uma “ameaça séria e iminente” para o Japão, apesar das negociações sobre a desnuclerarização com o governo dos Estados Unidos.

* AFP