O Japão voltou a entrar em recessão, pela segunda vez em um ano, em um novo revés para a “abenomics”, a ambiciosa estratégia de recuperação lançada no fim de 2012 pelo primeiro-ministro conservador Shinzo Abe.
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O Produto Interno Bruto (PIB) nipônico caiu 0,2% no terceiro na comparação com o anterior, quando havia registrado uma contração similar, segundo a estimativa oficial preliminar divulgada nesta segunda-feira.
Uma recessão é definida tecnicamente por dois trimestres consecutivos de contração do PIB.
A Bolsa de Tóquio acusou o impacto e encerrou a sessão de segunda-feira em baixa de 1,04%.
As empresas prosseguiram com o freio nos investimentos (-1,3% de julho a setembro, depois de -1,2% no trimestre anterior), em um sinal de prudência ante a desaceleração na Ásia, particularmente na China, principal sócio comercial do país.
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“A economia real está parada”, disse à AFP Taro Saito, economista do instituto de pesquisas NLI.
O ministro da Recuperação Econômica, Akira Amari, afirmou que o país está “no caminho de uma recuperação moderada”, apesar de “algumas fragilidades”.
Amari não escondeu a irritação com o mundo empresarial e a redução dos investimentos.
O governo deve se concentrar agora a preparar “medidas de urgência”, disse o ministro, mas sem confirmar as notícias da imprensa sobre um pacote orçamentário adicional de 3,5 trilhões de ienes (28 bilhões de dólares).
A pressão aumentará sobre o Banco do Japão (BoJ), que se reunirá durante a semana para decidir sobre a ampliação do programa de compra de ativos.
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anb/fp