O Japão apresentará na cúpula do Grupo do Vinte (G-20, que reúne os países mais ricos e os principais emergentes), em Londres, novas medidas para estimular as economias em desenvolvimento através das instituições financeiras internacionais. A informação foi dada nesta terça-feira por um porta-voz da Chancelaria japonesa.
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O primeiro-ministro japonês, Taro Aso, chegará a Londres com novos planos para aumentar os fundos de ajuda às economias asiáticas e pedirá que seja fornecida liquidez às economias emergentes latino-americanas e africanas.
A delegação japonesa concluirá também o acordo, assinado em fevereiro, para fornecer US$ 100 bilhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e debaterá, segundo fontes governamentais, a expansão dos fundos da instituição destinados a empréstimos.
“Ainda não temos definido um objetivo, mas o discutiremos com nossos parceiros”, assegurou em coletiva de imprensa o porta-voz oficial, que frisou que o dinheiro será destinado a apoiar a recuperação de países em desenvolvimento afetados pela crise.
Segundo o diário econômico Nikkei, o Japão poderia propor triplicar o dinheiro que o FMI destina a empréstimos, dos atuais US$ 250 aos US$ 750 bilhões.
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Fora isso, o Japão triplicará o capital do Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD) para “recuperar as economias vizinhas e assim consolidar a japonesa”, como disse o porta-voz japonês.
Segundo o porta-voz, Aso se unirá a seus parceiros para pedir uma reforma do sistema financeiro, depois que a crise de crédito levou grandes economias a um dos piores momentos do último século.
A delegação japonesa apoiará mudanças na regulação dos chamados hedge funds (fundos de proteção), a supervisão das agências de classificação de risco e novas normas contábeis.
O Japão, principal doador mundial a instituições internacionais, defenderá também a reforma do FMI e do Banco Mundial (BM) para que possam responder à crise de forma mais adequada.
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