O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou um ofício para que a Polícia Federal abra um inquérito para investigar o vazamento da informação de que o órgão pediu a prisão dos principais nomes da cúpula do PMDB. Caberá ao diretor-geral da Polícia Federal, delegado Leandro Daiello, dar início ao procedimento.
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Esta não é a primeira vez que o procurador-geral da República pede para que se apure quem foram os responsáveis por vazamentos de informações sigilosas da Operação Lava-Jato. A PF, por exemplo, já abriu inquérito para investigar o vazamento da delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC.
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Na sexta-feira, em um duro discurso, Janot negou que a PGR tenha sido responsável pelos vazamentos. Ele chamou de “levianas” as acusações de que as informações teriam saído do órgão como forma de pressionar o Supremo Tribunal Federal a cumprir os pedidos prisão contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (PMDB-RR), o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) e o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Janot apontou que a teoria foi disseminada por “figuras de expressão nacional, que deveriam guardar imparcialidade e manter o decoro”.
— O vazamento não foi da PGR. Aliás, envidarei todos os esforços que estiverem ao meu alcance para descobrir e punir quem cometeu esse crime. Como hipótese investigativa inicial, vale a pergunta: a quem esse vazamento beneficiou? Ao Ministério Público não foi — disse.
Na semana passada, o ministro do STF Gilmar Mendes havia criticado os vazamentos e insinuado que as informações teriam sido divulgadas pela PGR.
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