Nem só de praias é feito o Vale do Itajaí no verão. Em janeiro _ período de férias e, consequentemente, de turistas _, as opções de lazer na região vão muito além da areia. Exemplo disto são os museus e mausoléus que abrem as portas com exposições e acervos históricos para o público que deseja fugir do tradicional roteiro de férias e se aventurar pelo passado.

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Nas cidades do Vale, vários locais recebem no primeiro mês do calendário um fluxo de visitas acima da média do ano todo. No Museu de Hábitos e Costumes de Blumenau, por exemplo, o número de visitantes em janeiro do ano passado foi quase quatro vezes maior do que a média anual. Nos primeiros 31 dias de 2013 o acervo foi conhecido por 1.810 pessoas, sendo que o número total durante o ano foi de 5.856 visitantes – uma média de 490 por mês. E em 2014 a impressão é de que o cenário se repete.

Para Sueli Petry, diretora do Patrimônio Histórico-Museológico da Fundação Cultural de Blumenau, este movimento intenso se deve ao fato de que quando chove no litoral as pessoas procuram alternativas de diversão longe do mar.

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– Em janeiro as visitações aumentam consideravelmente. As pessoas vão para a praia e aproveitam para conhecer os outros locais da região, a cultura, os hábitos e os costumes. Isto é um reflexo de que mesmo que venham para Santa Catarina pelas praias as pessoas aproveitam para aumentar o conhecimento – diz Sueli.

A museóloga Marcella Borel, do Museu de Hábitos e Costumes de Blumenau, conta que o casarão localizado na Rua XV de Novembro vem recebendo muitas pessoas desde o início do mês. O livro de visitas do local tem assinaturas de todos os cantos do Brasil, de Minas Gerais a Goiás, e até mesmo da Alemanha.

– Sexta-feira e fins de semana costumam ser os dias mais movimentados. O pessoal geralmente vem à tarde – afirma.

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Visitas dos quatro cantos do Brasil

O Museu da Cerveja, no Centro de Blumenau, é outro ponto de parada dos turistas. A professora pernambucana Geisa Macambira, 47 anos, visitou a cidade pela primeira vez terça-feira. Junto aos colegas de excursão, se surpreendeu com a história da bebida que é figurinha carimbada na geladeira de tantos brasileiros. Animada, tirou fotos com canecos e usando arquinhos de cabelo típicos da Oktoberfest.

– A gente fica impressionada com a quantidade de coisas que não conhece. Gostei muito do lugar, é muito interessante. Quero voltar! – diz empolgada.

O casal Dileusa Barbosa Leal, 68 anos, e Walfrido Gusmão, 67, concorda. Os dois saíram do Recife para as férias em Santa Catarina e aproveitaram para dar uma passadinha na terra do Dr. Blumenau.

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– Ficamos sabendo várias curiosidades no Museu da Cerveja. Eu nem fazia ideia de que a bebida tinha sido fabricada por monges, tempos atrás – comenta Gusmão.