O anos de 2023 não deu trégua quando o assunto é o tempo em Santa Catarina. Somente em janeiro, a Defesa Civil registrou vários eventos severos como vendavais, um tornado e três microexplosões. As causas foram a junção de umidade e instabilidades associadas a áreas de baixa pressão.
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Marcando a transição entre dois anos de La Niña e o início do El Niño, o ano registrou fortes chuvas, ondas de calor e tornados em série. Agora em dezembro, a Defesa Civil elaborou um balanço das ocorrências registradas em cada mês do ano e está publicando uma retrospectiva mensal, começando por janeiro.
O primeiro mês deste ano teve menos chuva do que o esperado pela climatologia. No Litoral Sul, por exemplo, historicamente chove entre 200 mm e 350 mm no mês de janeiro, mas em 2023 as chuvas registradas ficaram entre 80 mm e 120 mm. No geral, as chuvas ficaram próximas ou abaixo da média no Estado.

Linha do tempo
No dia 13 de janeiro, a passagem de uma supercélula em Sangão, no Litoral Sul, provocou quedas de árvores e de postes em vias públicas, além de alagamentos, destelhamentos de residências e o tombamento de um caminhão. Além disso, o sistema deu origem a um tornado.
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Quatro dias depois, em 17 de janeiro, muitos temporais foram registrados em vários pontos do Estado. Durante a tarde, uma linha de instabilidade se formou no Grande Oeste e avançou de leste para oeste, provocando uma microexplosão ao passar por Xanxerê.
No mesmo dia, no Planalto Norte e Médio Vale do Itajaí, temporais ocasionaram altos volumes de chuva em um curto período, resultando em alagamentos, enxurradas, deslizamentos de terra, queda de muros e de árvores nas cidades de Rio Negrinho, Rodeio, Benedito Novo, Ascurra, Indaial e Timbó. Em Rodeio, foram registrados 107 milímetros de precipitação em apenas uma hora, das 19h às 20h.
O período entre os dias 23 e 28 de janeiro foi marcado por altas temperaturas, típicas do verão em Santa Catarina. O calor, combinado à umidade, provocou temporais com vendavais e chuva intensa nas regiões Oeste, Litoral Sul e Vale do Itajaí no dia 23, com registro de danos em infraestruturas, destelhamentos, interrupção de energia, além de quedas de árvores, enxurradas e alagamentos.
No município de Gaspar, no Médio Vale do Itajaí, foi confirmada a ocorrência de uma microexplosão. Em Chapecó, os danos foram associados principalmente aos ventos fortes, enquanto Nova Veneza registrou ocorrências de alagamentos.
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Após alguns dias de tempo estável devido a atuação de uma massa de ar seco, os temporais retornaram no dia 29 de janeiro, atingindo todas as regiões catarinenses. As tempestades mais intensas e danosas ocorreram nas regiões Oeste, Litoral Sul, Médio e Baixo Vale do Itajaí, onde provocaram enxurradas, vendavais, alagamentos e deslizamentos.
Em Abelardo Luz, município da região Oeste, ocorreu uma microexplosão. No Grande Oeste, os temporais provocaram danos em infraestruturas, destelhamentos, quedas de árvores e interrupção do fornecimento de energia elétrica. Já nos dias 30 e 31 de janeiro, os temporais se concentraram no Litoral Sul.
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