Cirurgião de textos. Esta é, na essência, a profissão de James McSill, um gaúcho de 56 anos que mora na Inglaterra e que se tornou conhecido em todo o mundo graças ao seu trabalho como consultor literário.

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Ele auxilia escritores que sonham em escrever livros de sucesso de público e de crítica. James está em Florianópolis neste fim de semana compartilhando com os catarinenses suas experiências no mundo da literatura – todas muito bem-sucedidas – na Maratona de Imersão Literária, há dias com as inscrições esgotadas.

Simpático e extremamente comunicativo, o consultor alia, em suas palestras e aulas, conhecimento, didática e irreverência, uma receita que tem se mostrado acertada, já que as inscrições para seus cursos esgotam-se rapidamente, em todos os cantos do planeta.

James coordena a Maratona, destinada a empresários e escritores de autodesenvolvimento, que vão descobrir as “manhas” e segredos da produção de textos apreciados por agentes e editoras internacionais e aprender, na prática, a estruturar um “protótipo” de livro comercial.

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James tem empresas ligadas à indústria literária e consultoria em Londres e Yorkshire (Norte da Inglaterra, onde mora); além da McSill Story Studio (que tem parcerias com estúdios de Hollywood) e, ainda, a agência literária internacional em São Paulo, sendo representante para a América Latina e Península Ibérica do prestigiado BritWriters’Awards. Atualmente, está ampliando o seu bem-sucedido sistema de treinamento remoto para jovens autores, chamado Book in a Box. Sou apenas um “estruturalista” – cirurgião de texto – e não um crítico literário.

É a opinião de alguém que lê de tudo, que gosta de opinar e de embasar as suas opiniões. E que gosta, também, de apontar caminhos e sobretudo, é capaz de ver o texto como uma obra que quer ser publicada.

Entrevista

Quando foi que você começou a se interessar por literatura?

Veio de casa. Minha avó lia muito e meus pais sempre me contavam estórias, me compravam muitos livros. Mas veio, talvez, da minha paixão por línguas.

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O que é essencial para quem quer ser um escritor?

Aprender a estruturar uma estória e ter a paciência para reescrevê-la várias vezes, até ficar pronta.

Além de consultor, você também é um escritor de ficção?

Considero-me apenas consultor, mas já escrevi e escrevo ficção. Neste mês de maio, contudo, terei dois livros técnicos sobre storytelling sendo lançados em São Paulo pela editora DVS, e ainda mais dois planejados para este ano.

Com o avanço da internet, você acha que o livro tende a desaparecer?

O formato vai se modificar, certamente, como várias vezes mudou na história da humanidade. Mas as estórias jamais vão desaparecer.

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Como está o mercado do livro?

Próspero. Nunca esteve tão bom. Esta é a hora de publicar o seu livro, quer por meios regulares ou alternativos.