Os atores James McAvoy e Patrick Stewart vieram ao Brasil divulgar “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido” – filme que entra em cartaz no país no próximo dia 22. Os astros da superprodução de US$ 250 milhões, dirigida por Bryan Singer (de “X-Men: O Filme” e “Superman: O Retorno”), participaram de uma concorrida coletiva de imprensa no começo da tarde desta quarta-feira em um hotel em São Paulo.
Continua depois da publicidade
Na nova aventura dos personagens mutantes nascidos nos quadrinhos da editora Marvel, o (ainda mais) impossível acontece: o Professor Charles Xavier (Stewart) e seu arqui-inimigo Magneto (Ian McKellen) têm que unir forças para evitar a extinção de sua raça no futuro. Para que o plano dê certo, enviam Wolverine (Hugh Jackman) até o passado, em 1973, a fim de convencer as versões jovens do Professor (McAvoy) e de Magneto (Michael Fassbender) de que a única forma de destruir as máquinas criadas para exterminar os mutantes é a colaboração entre os rivais.
Simpáticos e informais, o inglês Stewart e o escocês McAvoy saciaram algumas curiosidades dos jornalistas – como saber o que fariam se pudessem voltar ao passado.
– Eu diria para meu eu mais novo para recusar alguns papéis. Fiz filmes muito ruins – admitiu McAvoy, que atuou em bombas como “O Procurado” (2008), ao lado de Angelina Jolie e Morgan Freeman.
– Se pudesse mudar algo do meu passado, eu diria para mim mesmo que eu tinha que me divertir mais – respondeu Stewart.
Continua depois da publicidade
Quanto ao superpoder que gostaria de ter, McAvoy relembrou a infância:
– Quando eu era criança, queria ter o poder de fazer as pessoas gostarem de mim, o poder da autoconfiança. Mas, se pudesse ter um superpoder, queria ter o da invisibilidade, porque queria desaparecer em algumas situações.
– Fiquei fascinado com o que o James falou da infância dele. Eu ouvi isso de muitos grandes atores, que se sentiam peixes fora d’água nessa época. Isso é timidez. Curioso que eles tenham decidido como profissão se colocar na frente de milhares de pessoas – comentou Stewart.
O veterano intérprete de 73 anos, que já encarnou nos palcos vários dos principais protagonistas das peças de William Shakespeare, filosofou sobre seu personagem na franquia hollywoodiana:
– O que faz o grande líder? Não é só uma questão de ser líder de um país, de uma nação, mas é uma questão pessoal também. É a capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa, de ver o mundo como as outras pessoas veem, como as outras pessoas sentem. Se você fizer isso, conseguirá ter sucesso. E isso é para adotar no dia a dia, não serve apenas para líderes das nações.
Continua depois da publicidade
A dupla de artistas comentou o fato de dividirem o mesmo papel.
– É uma honra ter trabalhado com Patrick e Ian (McKellen), que são grandes atores. Sei que vou ser criticado pelo papel justamente por ser interpretado também por um grande ator – afirmou McAvoy, 35 anos.
– Tenho grande admiração por James pelo trabalho que ele faz. Ele foi a melhor opção para ser o Professor Xavier do passado – replicou Stewart.
O ator que durante anos encarnou o capitão Jean-Luc Picard na nova geração de “Jornada nas Estrelas” – primeiro na TV, depois no cinema – brincou a respeito do parceiro mais jovem:
– Somos atores bem diferentes, inclusive fisicamente. Mas James fez um excelente trabalho. Vi o filme duas vezes, e em muitas cenas me vejo na pele de James como Xavier. Ele poderia ser o Capitão Picard caso façam a versão jovem dele em “Jornada nas Estrelas: Dias de um Futuro Esquecido'”.
Continua depois da publicidade
Stewart lamentou os atuais tempos de intolerância e ódio (“Eu abro o New York Times e o Guardian e não consigo ler”), mas disse que admira a força de pessoas como os atores Ian McKellen e Ellen Page – colegas de elenco de “Dias de um Futuro Esquecido” -, que lutam pelos direitos dos homossexuais.
Por sua vez, James McAvoy arriscou uma teoria a respeito do sucesso de X-Men:
– Acho que os super-heróis em geral correm o risco de afastar o público, porque as pessoas querem se identificar com eles. Já os mutantes de X-Men têm muitos problemas, eles são muito humanos. E Charles é o mais humano deles.
Em meio a provocações futebolísticas mútuas às vésperas da Copa do Mundo – o classificado inglês zoando com o eliminado escocês -, Stewart fez uma revelação:
– Me falaram que nesta sexta-feira vamos encontrar o Luiz Felipe Scolari. Sou muito fã dele e de futebol.
Continua depois da publicidade
Assista ao trailer do filme:
*Enviado especial/São Paulo