A ginasta Jade Barbosa viveu, desde julho de 2008, vários dramas em sua carreira. Primeiro, falta de patrocínio e salário. Depois, problemas de saúde que resultaram em uma lesão no punho direito, descoberta após os Jogos de Pequim.
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Hoje, sem treinar adequadamente e ainda sem salário, a ginasta, medalhista no Pan Rio-2007, conta com as habilidades de seu pai, César Barbosa, e de sua madrasta, Elisete Chagas, no corte e costura para tentar levar uma vida digna de atleta profissional.
Mais do que moda, as peças, agora comercializadas virtualmente, têm ajudado a ginasta a apagar as despesas com o tratamento que faz para sanar a lesão no punho direito.
Até o momento, a ação tem surtido efeito. Mensalmente, Jade consome cerca de R$ 1,2 mil em medicamentos. Segundo a madrasta Elisete, as vendas pela loja virtual têm amortizado boa parte do gasto.
– Como a Jade tem altos gastos para se manter como atleta e não recebe salário, este dinheiro ajuda muito neste período difícil – disse a madrasta, que administra as vendas feitas no portal da ginasta.
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Curiosamente, a nova forma de sustento era como um hobby para César, que, desde 2007, cria roupas para a grife da filha, que se chama Jade Sports. É ele quem as desenha, corta, costura e vende pela internet.
– Por ser arquiteto, César sempre teve habilidades. Com este problema da Jade, percebemos que elas poderiam ajudá-la – afirmou Elisete.
As criações do pai chamaram a atenção da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG). Em 2007, por ocasião do Pan, a entidade até firmou um contrato para que César confeccionasse os uniformes oficiais de competição das ginastas do país.