Aprendi a surfar na Barra da Lagoa, onde nasci e fui criada. Lá surfei por muitos anos, praticamente todos os dias. De uns cinco ou seis anos para cá, a Praia Mole virou meu local de treino por proporcionar melhores condições de surfe e por ser uma praia com ondas mais consistentes do que a Barra da Lagoa. Há ainda a questão da semelhança. Para treinar para o circuito mundial, a Mole tem uma onda que se parece mais com os fundos de areia de praias de fora do Brasil, por ser um mar com pressão.

Continua depois da publicidade

Devo confessar que nunca gostei muito de surfar na Mole, porque é uma onda difícil, muito forte, além do mar balançar muito. Hoje em dia, as semanas em que rolam “lestada”, que geralmente dura alguns dias, são meus momentos de dedição intensa aos treinos. Costumo manter uma média de duas quedas por dia, de duas horas cada.

Sem dúvida, as condições que mais gosto são as ondulaçõs de leste e quando as ondas quebram próximo ao costão, o que as deixa com melhor qualidade e mais extensas. Um fato marcante para mim em relação à Praia Mole foi ter competido lá numa etapa do circuito mundial feminino, em 2010. Naquela competição, rolou belas ondas e eu terminei na terceira colocação. Foi um momento inesquecível.

Continua depois da publicidade