Um comerciante de Joinville teve adiado o sonho de reformar e ampliar o negócio próprio no bairro Floresta. Atraído pela possibilidade de empréstimo em até cem vezes, ele procurou uma empresa de créditos para financiar R$ 70 mil.

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PDF: confira como se prevenir

A financiadora lhe pediu entrada de R$ 3,7 mil; depois, mais R$ 2,2 mil. Até hoje, o comerciante não viu a cor do empréstimo.

– Foi aplicado na minha conta, mas sustaram o cheque -, conta.

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– Ligo para a empresa e dizem que vão me retornar, que vão depositar. Se a empresa funciona, significa que estão aplicando golpes em mais pessoas.

Situações assim são mais comuns do que se pensa em Joinville. O número de casos de estelionato aumentou um pouco em 2012 em relação ao ano anterior. Em 2011, foram registrados pela Polícia Civil de Joinville 572 casos até julho. Em 2012, foram 579 ocorrências de vários tipos – do golpe do bilhete premiado ao do seguro de carro.

– São os mais comuns -, avalia o delegado Marcel de Oliveira, da Delegacia de Investigações Criminais (DIC).

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Somente em julho, foram 94 casos, 50 deles levados à 3ª DP, na área central, onde ocorre a maioria dos golpes. Em 2001, foram menos: 62.

– Neste ano, tivemos casos motivados pelo Festival de Dança. Pessoas procuravam apartamento para alugar, depositavam. Quando chegavam a Joinville, ele não existia -, relata Marcel.

Já uma cabeleireira tomou precauções na hora de alugar um apartamento: visitou o imóvel, falou com um suposto proprietário. Mas foi vítima de estelionatários que se faziam passar por uma imobiliária.

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– Uma mulher que trabalhava para eles tinha a chave do apartamento. Eles pediram os meus documentos e do meu fiador. Mandaram um contrato de aluguel, que descobri ser falso.

Pronta para a mudança, ela descobriu que o apartamento já havia sido alugado. Perdeu os cerca de R$ 1,1 mil depositados para o primeiro aluguel.

– Estou muito chateada. Nem tanto pelo dinheiro, mas pela minha autoestima.

SAIBA MAIS: Suspeitas de estelionato são investigadas dentro da demanda da polícia. Mas nem a sentença garante que o golpista pagará pelo crime. É o caso de Marcelo Cesar de Castro, acusado por clientes desde 2004 de aplicar golpes por uma revenda de carros. Com base em uma denúncia, foi condenado a três anos, mas continua foragido. Está recorrendo da condenação.

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