Já não basta só o varejo tradicional

Antônio Koerich

Presidente das Lojas Koerich

O cenário do varejo apresentou um comportamento atípico em 2014. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o movimento no comércio varejista do País registrou queda de 1,4% em agosto último se comparado a julho, enquanto o resultado de agosto em relação ao mesmo período em 2013 indicou um aumento de 2,3%.

No acumulado de 12 meses, o crescimento no varejo é de 4,2%. Logo, nem tudo está perdido!

De acordo com os economistas do IBGE, a expectativa de crescimento do varejo é de aproximadamente 4%, próximo ao registrado em 2013. Nossas previsões são mais otimistas. Pretendemos crescer entre 12% e 15%.

Entre os setores avaliados pelo IBGE, os destaques foram móveis e eletrodomésticos, com alta de 1,7% na margem, descontados os efeitos sazonais, com expansão de 7,4% no acumulado do ano, e variação positiva de 5,5% em comparação com agosto de 2013.

Como este foi um ano atípico, com vendas de TVs concentradas no primeiro semestre, a tendência é de que o consumidor aposte na renovação da casa no final do ano, alavancando as vendas de eletrônicos, eletrodomésticos e móveis.

O cenário das vendas on-line é outro grande foco de investimento para este último trimestre. Santa Catarina representa 5% do e-commerce no Brasil e a região Sul é responsável por 11,3% do total do faturamento do setor no País.

Para 2014, segundo dados da e-bit, o segmento deve faturar R$ 35 bilhões. Por acreditarmos na expansão do mercado on-line, lançamos um novo portal de vendas e ampliamos a área de entrega para todo o Estado.

Ainda neste cenário, estreamos no e-commerce, um mercado que dobrou seu faturamento em relação ao mesmo período de 2013, apresentando R$ 1,13 bilhão, diante dos R$ 560 milhões do ano passado, uma variação de 102%.

Segundo especialistas, apesar do cenário econômico ser delicado, com endividamento das famílias em alta e o crédito limitado, o que temos percebido no mercado catarinense é um movimento positivo por parte de empresários e consumidores.

Um fator que com certeza irá influenciar este ano é a confiabilidade do cliente perante a marca e suas condições para o pagamento. O consumidor, cada vez mais exigente, não está em busca apenas de preço, mas sim das garantias de um bom negócio.