Com o título geral dos Jasc confirmado para Itajaí, o superintendente da Fundação Municipal de Esporte e Lazer da cidade, Fabrício Marinho, falou à reportagem do Sol Diário sobre o resultado histórico e as perspectivas do esporte itajaiense. Confira:

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Qual o sentimento de, após bater na trave duas vezes, enfim, se tornar campeão dos Jogos Abertos?

É de realização, de ter conseguido alcançar o objetivo da nossa equipe, de toda a fundação, da cidade. Estamos muito felizes e satisfeitos, e quando falo na primeira pessoa do plural é porque foi um trabalho em conjunto, com todo mundo ajudando pra chegarmos aqui.

Há alguns anos Itajaí tem boas campanhas nos Jasc, Joguinhos Abertos e Olimpíadas Escolares (Olesc). Esse título é a sinalização de que a cidade seguirá investindo no esporte?

Com certeza vai continuar, tanto que o orçamento da fundação no ano que vem será o mesmo que tivemos em 2014, com os Jasc sendo disputados aqui. Seguiremos investindo forte no esporte e a partir da próxima quarta-feira, já começamos a pensar e trabalhar para os Jogos Abertos de 2015.

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Você esperava uma campanha tão contundente, com a confirmação do título geral com dois dias de antecedência?

Não podia dizer isso antes, mas imaginava sim que a vitória viria por antecipação. Sempre respeitamos os adversários e procuramos nunca falar, mas agora já somos campeões e focamos em outro objetivo. Queremos marcar o nome de Itajaí com a maior pontuação geral obtida na história dos Jasc, batendo o recorde de Blumenau em 2013, que fez 312 pontos (até o fechamento desta edição Itajaí já somava 306 pontos). Ainda vamos pontuar em diversas modalidades até terã-feira, então com certeza esse número será ultrapassado.

Dos 420 atletas que representaram Itajaí nos Jasc, aproximadamente 80 deles vieram à cidade para disputar exclusivamente a competição, os popularmente chamados de “importados”. O grande número de “importados” se deve apenas ao fato de os Jogos serem disputados em Itajaí?

Primeiro eu não diria que eles são todos importados. Importados são aqueles que vêm só para os Jasc e vão embora, e aí esse número não é 80, deve na realidade chegar no máximo a 15 atletas. O restante são equipes que montamos para manter na cidade e a maioria vai continuar por aqui para os Jasc 2015. O restante são situações pontuais, como em qualquer competição.

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O senhor deve deixar o comando da FMEL nos próximos dias (Marinho vai assumir uma cadeira na Câmara de Vereadores de Itajaí), mas a equipe que atua na fundação tem a intenção de manter esse tipo de ação para os próximos Jasc?

Até a última sexta-feira, quando o prefeito Jandir Bellini almoçou conosco no alojamento, estava decidido que eu iria para a Câmara, mas aí ele conversou comigo e há a possibilidade de eu ficar na fundação mais um ano. Seja como for, será mantido o mesmo pensamento. Investimos na base, esporte na terceira idade, esporte comunitário e pensamos em Jasc, Joguinhos, Olesc. A gente tem foco no rendimento, mas não deixa de fazer, e bem, todo o resto também.

Itajaí é uma cidade com vocação náutica e que tem uma relevante história no remo. Ainda assim, a FMEL optou por trazer atletas de outra cidade (Florianópolis) para representá-la na modalidade. Por que?

Foram dois atletas de Itajaí e o restante de uma equipe de Florianópolis. Voltamos em 2013 com o remo em Itajaí, então agora ainda não tínhamos como pegar o pessoal da escolinha e levar para os Jasc neste ano. Os Jogos Abertos têm competições fortíssimas em todas as modalidades, então imagina se pegássemos só a gurizada da base para enfrentar gente muito mais experiente. Nossa intenção é nos próximos anos ter uma equipe de Itajaí, que seja estimulada e consolidada com o resultado deste ano.

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Qual é o maior legado que os 54º Jasc deixarão para Itajaí?

Penso que o principal legado está na parte estrutural, nas obras. Porque o título geral da competição confirma a força de Itajaí e na verdade é um estímulo para crescermos ainda mais. Já as obras e reformas são um legado, que a própria comunidade vai usar depois.