Seu nome de batismo é Gilsivan Soares da Silva. Mas não é assim que ele quer ser lembrado. No mundo do futebol, no qual é cada vez mais raro um jogador associar a sua imagem a apenas um clube em toda a carreira, ele até mudaria de nome se fosse possível. Seria Ivan, “Ivan do Joinville”.

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Existem alguns exemplos para o camisa 1. Rogério Ceni, do São Paulo, e Marcos, ex-Palmeiras, são exceções à regra. Ao invés de aceitar propostas multimilionárias de clubes estrangeiros, eles preferiram continuar e dedicar a carreira para a equipe que deu a primeira grande oportunidade de mudança de vida.

Ivan, que completou no domingo 150 partidas com a camisa tricolor, quer seguir o exemplo de ambos e ser reconhecido pela identidade que tem com o Joinville.

Quando tinha 26 anos, o tímido mineiro, então jogador do Operário, de Ponta Grossa-PR, deixou o fantasma do anonimato para buscar o sucesso no Norte de Santa Catarina. Após ter firmado contrato, algumas competições se passaram, Ivan cresceu, evoluiu e criou um verdadeiro sentimento de amor com o JEC.

Mais maduro, aos 29 anos, o goleiro não só quer ganhar o título do Estadual, mas também ajudar o JEC a chegar à Série A do Brasileiro.

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– Os 150 jogos passaram voando. Agora, eu vou galgando marcas maiores. Quero que chegue o jogo de número 300, 600, sempre aqui no Joinville. Admiro atletas como o Rogério Ceni, o Marcos, que criaram esta identidade – destacou.

Se depender dele, não será fácil tirá-lo do JEC. Ivan confessou ter recebido duas propostas recentemente – uma de um clube brasileiro e outra para jogar na Europa, em Portugal. Não deu a mínima para elas.

Ciente da sua importância para o clube, ele respeita a confiança que o torcedor deposita nele. Afinal, todo grande clube começa com um grande goleiro.