Ittran avalia cartões antigos para as vagas de estacionamento rotativo em Joinville

Os bilhetes da empresa Cartão Joinville, que controlava as vagas de estacionamento da Zona Azul da cidade até agosto do ano passado, viraram motivo de dor de cabeça para a nova diretoria do Instituto de Trânsito e Transporte (Ittran) e motoristas desavisados. Isto porque os cartões vendidos pela ex-concessionária deixaram de ser aceitos pelos monitores do estacionamento rotativo desde o último dia 1º.

Apesar de a Prefeitura ter rompido o contrato com a Cartão Joinville em agosto, foi decidido na época que os bilhetes seriam aceitos até o último dia de dezembro para evitar prejuízo aos usuários. Os novos cartões do Ittran entraram em circulação e não houve campanha publicitária no fim do ano para lembrar que a validade dos bilhetes antigos terminaria em 2012. Só ao ser notificado no último sábado, após estacionar no Centro, que o empresário Hildebrandt Luis Adam, 54 anos, soube que seus bilhetes não valiam mais.

– Me informei e disseram que meu cartão não servia. Também afirmaram que não haverá substituição por novos bilhetes. Ninguém anunciou que isso aconteceria – reclama.

Como tem mais de 30 bilhetes da Cartão Joinville guardados, Hildebrandt diz se sentir lesado.

– É como rasgar dinheiro – critica.

Segundo o recém-empossado diretor do Ittran, Herto de Alencar Santana, outros usuários já procuraram o órgão pelo mesmo problema. A busca por uma solução, diz o diretor, é uma prioridade para os próximos dias. Só que, por enquanto, o Ittran não aponta alternativas para quem ficou com os bilhetes antigos.

– É uma situação complicada porque o cidadão pagou pelo bilhete. Temos uma equipe analisando o caso desde semana passada, mas não posso garantir que chegaremos a uma solução – avisa Herto.

Havendo ou não solução do impasse, as monitoras do estacionamento rotativo seguem orientadas a receber apenas bilhetes do Ittran. A extinção do contrato de concessão com a Cartão Joinville, que iria até o fim de dezembro, ocorreu após quase um ano de embates judiciais entre a empresa e o Ittran (ex-Conurb). Hoje, existem ainda processos judiciais em tramitação dando conta de alegadas dívidas que a ex-concessionária e a agora autarquia cobram entre si.