O Itaú Unibanco estaria considerando fazer uma oferta pelo Citizens, um banco comercial e de varejo controlado pelo Royal Bank of Scotland (RBS) nos Estados Unidos, conforme o jornal britânico Sunday Times, que não credita a fonte da informação. A justificativa, segundo a publicação, seria o interesse do Itaú, maior banco privado do Brasil em ativos totais, com um valor de mercado de cerca de US$ 70 bilhões, em aumentar seu perfil internacional. O Itaú e o RBS não quiseram comentar a notícia.

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Na sexta-feira, o principal executivo do RBS, Stephen Hester, afirmara que a intenção era manter o Citizens como parte da instituição financeira, comprada em 1988, porque faz parte do núcleo central das atividades do banco. Com 82% do capital estatizado depois da crise de 2008, o RBS poderia vender o Citizens para se capitalizar e recomprar de volta parte da participação do governo com os recursos. O valor do negócio foi estimado em 10 bilhões de libras (US$ 15,60 bilhões ou R$ 31 bilhões).

Conforme o Sunday Times, o Itaú Unibanco teria interesse, ainda, nos norte-americanos Sovereign Bancorp, que pertence ao espanhol Santander, e Bank West, hoje controlado pelo francês Société Générale. As especulações ganham força diante de especulações de que esses bancos poderiam ser postos à venda conforme a crise da eurozona se arraste.

Rumores sobre o interesse do Itaú Unibanco em grandes bancos internacionais existem há pelo menos dois anos. Em janeiro de 2010, o mesmo Sunday Times que trouxe o assunto de volta atribuíra ao ex-ministro da Fazenda Pedro Malan, presidente do conselho consultivo internacional do banco brasileiro, uma frase que admitia interesse na instituição britânica: “Estamos olhando, é claro que estamos olhando”. Na época, o suposto interesse incluía o RBS e o Lloyds Bank. Dias depois, o Itaú Unibanco emitiu nota afirmando que a informação “não procedia”.

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