Em apenas cinco meses, o número de homicídios em Itapoá, no Litoral Norte, já ultrapassou a estatística dos últimos três anos. Até esta segunda-feira, foram registradas nove mortes. A última vítima da lista foi morta a tiros na localidade de Balneário Palmeiras. O corpo, que não havia sido identificado, foi encontrado caído na rua, próximo ao meio-dia.
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Outros dois assassinatos ocorreram de forma violenta na última sexta-feira. Uma das vítimas foi encontrada dentro de casa com as mãos amarradas e com uma faca cravada no pescoço. A outra foi encontrada morta na praia com um tiro na cabeça.
Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado, o município registrou dois homicídios no ano passado e apenas um no ano anterior. Apesar de 2010 ter registrado seis casos, ainda não supera o primeiro semestre de 2013.
O delegado da Polícia Civil, Gilberto Crepaldi Mondini, acredita que as mortes estejam relacionadas à disputa pelo tráfico de drogas.
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– Todas elas, sem dúvida, têm relação com o tráfico -, garante.
A onda de homicídios, segundo a linha de investigação, iniciou-se após a prisão de Modesto da Cruz Licheski dos Santos, considerado, até então, o chefe do tráfico na região.
– Acredito se tratar de uma briga para ver quem assume a liderança -, analisa Gilberto.
A polícia pretendia prender Israel Vitorino, de 46, uma das vítimas mortas no fim de semana. Nesta terça-feira, a polícia também cumpriria um mandado de busca na casa do homem morto na segunda, conhecido pelo apelido de Lelo. Há suspeitas de que ele estivesse envolvido com os crimes da noite de sexta-feira.
Prisão
Modesto foi preso em uma operação da Polícia Civil que mobilizou cerca de 90 agentes da região em fevereiro deste ano. Na ocasião, foram cumpridos 12 mandados entre busca, apreensão e prisão.
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Ao menos quatro pessoas foram presas preventivamente. Segundo a investigação, o suspeito seria o responsável por obter grandes quantidades de droga no Paraná e distribuí-las em Itapoá. Com ele, foi encontrado um revólver.