Para os italianos o gelato, que é como eles chamam o sorvete, é coisa séria. Há por lá cerca de 35 mil sorveterias. No século 13, Marco Polo trouxe, das suas viagens pelo Oriente, descrições de sorvetes de frutas. A partir daí, os italianos desenvolveram receitas e técnicas. Não à toa, são do país ou aprendem por lá os que hoje produzem boa parte das melhores opções artesanais por aqui.
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Conhecimento e maquinário
Não basta executar receitas. Para fabricar o verdadeiro gelato é preciso conhecimento profundo e maquinário específi co. Por isso, o italiano Fabio Mancin, dono da sorveteria Dolce Vita, aberta em 2012 em Balneário Camboriú, fez um curso de graduação na área antes de vir ao Brasil para investir no negócio.
– Eu tenho uma paixão pela gastronomia, fi z a faculdade e vi que aqui não tinha um produto tão bom quanto o nosso, saudável, sem gordura hidrogenada.
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A cada dia há sabores diferentes nas vitrines da Dolce Vita. Além de pistache, avelã, zabaione e tiramisu, o grande destaque é o tradicional chocolate, repleto de cacau. A maioria das opções não contém glúten. Há, também, versões com ou sem leite e diet. O sorvete é consumido principalmente em copos. O médio (160 gramas, até dois sabores) custa R$ 7, e o grande (250 gramas, até três sabores), R$ 10.
Provou, voltou
Quem vai à sorveteria Monte Pelmo, nos Ingleses, na Capital, sempre volta com amigos. Por isso a fi la para escolher entre os 52 sabores produzidos pela dona da loja, Nair Zannin. Ela passou três meses em Perugia, na Itália, aprendendo técnicas e receitas com um amigo sorveteiro da região do Vêneto.
– No começo, em 2001, a gente fez um local nos fundos da casa para vender na temporada, para as pessoas levarem. Mas elas começaram a pedir para provar lá mesmo e acabou crescendo – conta Nair, que pensa em expansão para dar conta de toda a clientela.
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Sempre que pode, Nair vai à Itália visitar feiras da área e saber das novidades, além de aprender novas receitas.
– Agora, a moda lá é sorvete de limão com manjericão. Este a gente já faz – orgulha-se. Por uma média de R$ 30/kg dá para provar qualquer um dos sabores da Monte Pelmo.
Textura e cremosidade
Max Fornaciari e seu pai são do Norte da Itália e, há dois anos, abriram a Gelateria Max na Lagoa, em Florianópolis. Depois vieram as unidades do Shopping Trindade e a da Avenida Beira-Mar Norte. Max coleciona 90 receitas. Entre 32 e 36 ficam disponíveis diariamente. A maioria dos ingredientes é importada. As vitrines também. Tudo para manter a tradição.
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– O sorvete italiano se diferencia justamente por ser artesanal. É um produto de vida curta, dura no máximo um ou dois dias. Depois disso, perde algumas características, como textura e cremosidade – explica Max.
Além de sabores tradicionais, como amarena e stracciatella, faz sucesso o pinguim, com nata e cobertura de chocolate. O sorvete é servido em potes de cinco tamanhos (R$ 6 a R$ 18).