Uma mulher italiana foi encontrada morta a marretadas e enterrada em Araquari, no Norte de Santa Catarina, nesta quarta-feira (6). O companheiro da vítima se entregou à Polícia Civil e confessou que cometeu o crime. 

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De acordo com a delegada Geórgia Bastos, responsável pelo caso, o crime aconteceu na madrugada do dia 26 de fevereiro. À polícia, o suspeito disse que ela pediu dinheiro e o atacou com uma barra de ferro. Em seguida, o homem pegou uma marreta e a matou. 

O companheiro da vítima teria deixado o corpo dela dentro de casa e, um dia depois, o enterrou no quintal, ficando lá por dez dias. Nesta quarta-feira, ele decidiu ir à Polícia Civil confessar o crime e foi preso em seguida. 

A vítima não foi identificada até a publicação desta notícia.

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Feminicídios em SC

Na mesma semana de março que marca manifestações em defesa dos direitos das mulheres, cinco feminicídios foram registrados em Santa Catarina em um único dia. Quatro crimes aconteceram na tarde e na noite de segunda-feira (4). Pelo menos três das quatro mortes foram motivadas por ciúmes.

Conforme a delegada da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) Patrícia Maria Zimmermann D’Avila, casos de violência doméstica se apresentam com um padrão cultural, um ciclo que costuma envolver ciúmes, sentimento de posse e, por fim, o término do relacionamento. Para a delegada, para reduzir os feminicídios é necessário combater este ciclo cultural.

Mãe e filha mortas pelo companheiro em Joinville

– Trabalhar na redução de casos é trabalhar na questão cultural. Precisamos virar a chave com campanhas [de concientização], para que não se tolere mais os atos de violência contra a mulher e, não digo somente física, mas psicológica, moral, patrimonial – reforça a delegada.

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Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina (SSP), nos últimos quatro anos, o Estado vem registrando números semelhantes a cada ano no que diz respeito ao feminicídio. As ocorrências de morte contra mulheres no âmbito doméstico foram de 57 em 2020, 55 em 2021, 57 em 2022 e, novamente, 55 em 2023.

Delegada orienta mulheres a denunciarem

A especialista indica que as denúncias têm poupado a vida de muitas mulheres. Além dos boletins de ocorrência, que podem ser realizados presencialmente ou até mesmo online, pela Delegacia Virtual, a mulher também pode solicitar de forma remota a medida protetiva.

— É eficaz porque o cidadão que descumpre já pode ser preso. Mas a mulher precisa notificar — orienta.

Outro método indicado pela delegada é o botão do pânico presente no aplicativo “PMSC Cidadão”. Conforme Patrícia, quando acionado, a ocorrência recebe atendimento de urgência. “Isso tem salvo muitas vidas”, cita.

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