Com simpatia e faro para os negócios, Célio Cardoso pedala pelas ruas do Centro e mais quatro bairros de Itajaí. Um som acoplado à zica anuncia à vizinhança, no ritmo de um antigo sucesso de axé: “pão, pão, pão, pão, pão…bananinha”. A criançada fica louca e logo os clientes aparecem em busca dos quitutes que ele, apelidado Célio Bananinha, vende há 15 anos.

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Nascido em Blumenau, Célio morou em Itajaí quando criança, mas só voltou a ter a cidade como endereço no ano 2000. Já tinha trabalhado como policial na terra da Oktoberfest e achava que era hora de começar um negócio próprio. Aproveitou a paixão pela culinária e começou a vender os pães e bananinhas que logo ganharam fama na cidade.

Seis da manhã e Célio já está nas ruas vendendo os quitutes feitos com o auxílio da mulher, Eliane. Morador do bairro São Judas, ele transita pelos bairros próximos e passa em casa várias vezes ao dia para recarregar o compartimento onde armazena os produtos.

-Bananinha gostosa é quentinha e crocante feita na hora. Passo em casa também para garantir a qualidade do meu produto – diz.

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As vendas se estendem até as 10h, quando passa a comercializar os quitutes em casa. Às 14h Célio volta às ruas e trabalha até o fim da tarde.

Além do sonho de ter o próprio negócio, Célio Bananinha usou a popularidade para tentar se eleger vereador. Em 2006, foram 295 votos. Quatro anos mais tarde, 734.

O ritual do padeiro muda somente uma semana antes do Natal. Nesta época, ele se veste de papai Noel e sai com sua foodbike distribuindo bala para a criançada.

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– Aquele que a mãe não compra bananinha, leva uma balinha – fala em tom de brincadeira.