A presidência palestina considerou nesta terça-feira que Israel “não está pronto para a paz”, depois que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse querer controlar a segurança na Cisjordânia ocupada, mesmo em caso de acordo de paz com os palestinos.

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As declarações de Netanyahu “são uma mensagem ao governo americano de Donald Trump e à comunidade internacional para dizer que Israel não está pronto para alcançar uma paz baseada no direito e em resoluções internacionais”, declarou em um comunicado o porta-voz da presidência palestina, Nabil Abu Rudeina.

“Rejeitamos essas declarações que procuram criar um clima que torna a situação ainda mais complicada e que não apoiam os esforços para alcançar uma solução”, acrescentou.

Na segunda-feira à noite, durante uma cerimônia pelo 50º aniversário do conflito árabe-israelense de junho de 1967, Netanyahu afirmou que “em qualquer acordo (de paz), e na ausência de acordo”, Israel deve “preservar a controle da segurança em todo o território a oeste do Jordão”, ou seja, na Cisjordânia.

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“Netanyahu quer erradicar os esforços americanos e internacionais para retomar as negociações entre palestinos e israelenses”, acusou o chanceler palestino em um comunicado.

O presidente americano Donald Trump declarou a sua intenção de reviver o processo de paz, paralisado desde 2014.

Recentemente, o presidente palestino Mahmud Abbas reuniu-se com Trump em Belém.

Desde 1967, Israel ocupa tanto a Cisjordânia como Jerusalém Oriental.

Ele retirou seus colonos e soldados da Faixa de Gaza, mas o seu exército, distribuído ao longo de toda a fronteira, impõe um bloqueio terrestre, marítimo e aéreo sobre o enclave costeiro.

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* AFP