Israel mobilizou sistemas de interceptação antimísseis em Tel Aviv nesta sexta-feira, enquanto o governo dos Estados Unidos segue buscando uma “coalizão internacional” para responder a um suposto ataque químico do regime sírio, anunciou a rádio militar israelense.
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Uma bateria antimísseis foi mobilizada durante a manhã na região de Tel Aviv, que conta com cerca de um milhão de habitantes, segundo a rádio.
O site Ynet informou que o sistema de interceptação estava dirigido ao norte, na direção da vizinha Síria.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou na quinta-feira à noite que Israel havia mobilizado os sistemas de interceptação antimísseis ante possíveis problemas no caso de uma intervenção militar estrangeira na Síria.
Netanyahu não revelou onde os sistemas foram instalados, mas a rádio militar informou que baterias do escudo antimísseis Iron Dome foram levadas para o norte do país, assim como uma bateria de mísseis Patriot.
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Há vários dias, Israel se prepara para eventuais repercussões em caso de intervenção estrangeira na Síria, e o gabinete de segurança aprovou quarta-feira a convocação “em caso de necessidade” de mil reservistas no norte.
Nesta sexta-feira, durante uma recepção pelo Ano Novo judaico, na presença de altos oficiais militares, Netanyahu assegurou que o exército israelense está “mais forte do que nunca”.
– Eu confio em vocês, nós confiamos em vocês, e o povo de Israel confia em vocês. Tenho certeza de que vocês são capazes de realizar qualquer missão que forem encarregados. Vamos garantir que o povo de Israel tenha um bom ano – acrescentou aos líderes militares.
De acordo com uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo jornal israelense Maariv, 77% dos entrevistados acreditam que Israel não deve se envolver militarmente em caso de intervenção militar estrangeira na Síria.
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Apenas 11% dos entrevistados acreditam que Israel deve realizar ataques. E finalmente, 12% dos entrevistados disseram que estavam indecisos.
-Israel não está, e nunca esteve envolvido no conflito na Síria, mas se alguém tentar nos ferir, nós responderemos com todas as nossas forças – defendeu quinta-feira o presidente israelense Shimon Peres.