Combatentes palestinos em Gaza dispararam nesta sexta-feira foguetes em direção a Jerusalém e a Tel Aviv, levando Israel a mobilizar 75 mil reservistas para uma possível ofensiva terrestre contra o enclave palestino.

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No terceiro dia de sua operação “Pilar de Defesa”, o Exército de Israel manteve seus ataques aéreos à Gaza e bloqueou todas as estradas em torno do território, perto de onde já estão posicionados blindados de transportes de tropas, tanques e bulldozers.

No total, 29 palestinos morreram após três dias de ataques aéreos (cerca de 500), indicaram fontes médicas, enquanto três israelenses também perderam a vida na queda de um foguete disparado a partir de Gaza contra o sul de Israel.

Em Nova York, a Organização das Nações Unidas anunciou que o secretário-geral Ban Ki-moon visitará Gaza “em breve” para convencer israelenses e palestinos a declararem uma trégua. O presidente palestino, Mahmud Abbas, afirmou que a visita será realizada dentro de “dois ou três dias”.

Já o presidente americano, Barack Obama, reiterou nesta sexta o apoio dos Estados Unidos a Israel e ao seu direito de se defender durante uma conversa por telefone com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sobre a situação em Gaza. “O presidente reiterou o apoio dos Estados Unidos ao direito de Israel de se defender, e lamentou as perdas de vidas civis israelenses e palestinas”, declarou a Casa Branca em um comunicado.

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Netanyahu, que ligou para Obama, manifestou o seu profundo apreço pelos investimentos americanos no sistema antimísseis Domo de Ferro, “que neutralizou efetivamente centenas de foguetes disparados de Gaza e salvou incontáveis vidas israelenses”.

Os dois líderes também “abordaram as opções para acalmar a situação.” Mas o documento da Casa Branca não apresenta detalhes.

Nesta sexta-feira, Obama também conversou com o presidente do Egito, Mohamed Mursi, e com o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan. A Mursi, Obama pediu que o governo egípcio faça esforços pela paz.

Ao lado de Erdogan, o mandatário americano manifestou a sua “preocupação com os perigos para as populações civis de ambos os lados”.

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Em uma nova escalada, o movimento islâmico Hamas, no poder em Gaza, disparou um foguete que caiu sem deixar vítimas em uma área desabitada do sudoeste de Jerusalém, segundo a polícia.

Esta foi a primeira vez na história do conflito entre israelenses e palestinos que um foguete lançado a partir de Gaza caiu perto da cidade sagrada, coração político de Israel situado a 65 quilômetros do enclave palestino.