O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi declarado pelo governo de Israel como uma “persona non grata”, após a declaração que comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus na Segunda Guerra. As informações são do g1.
Continua depois da publicidade
Siga as notícias do NSC Total pelo Google Notícias
O termo é um instrumento jurídico utilizado nas relações internacionais para indicar que um representante oficial estrangeiro não é mais bem-vindo. Essa nomenclatura foi descrita no artigo 9 da Convenção de Viena sobre relações diplomáticas.
Comparação entre ação israelense e o Holocausto
No final da semana, o presidente Lula classificou como “genocídio” e “chacina” a resposta de Israel na Faixa de Gaza aos ataques terroristas que foram promovidos pelo Hamas no início de outubro.
Ele comparou a ação israelense ao extermínio de milhões de judeus pelos nazistas chefiados por Adolf Hitler no século passado. As declarações de Lula foram dadas durante uma entrevista em Adis Abeba, na Etiópia, onde o presidente participa da 37ª Cúpula da União Africana.
Continua depois da publicidade
O que representa o termo “persona non grata”
Segundo o professor de Política Internacional e criador do podcast Petit Journal, Tanguy Baghdadi, o termo costuma ser utilizado para pessoas detratoras, ou seja, que apresentam algum risco de hostilidade para um determinado país.
“Na prática, a consequência para o presidente é que caso ele decida visitar Israel, provavelmente o país vai negar”, afirmou Baghdadi. Para o especialista, a decisão de classificá-lo como persona non grata é pior à imagem do que qualquer coisa.
Ainda de acordo com Baghdadi, para reverter essa situação, o indicado é que o Brasil maneje o discurso e afirme que a fala de Lula é mais sobre o excesso do exército israelense na Faixa de Gaza do que a política do governo de Israel como um todo.
Leia também
Primeiro-ministro de Israel critica falas de Lula sobre guerra em Gaza e convoca embaixador
Continua depois da publicidade
Em ofício enviado a Lula, Jorginho reforça pedido de compensação a SC