Um ataque a um campo de refugiados no norte de Gaza deixou ao menos 50 mortos e mais de 100 feridos, segundo números do Ministério da Saúde de Gaza, comandado pelo grupo terrorista Hamas. A informação não foi confirmada de forma independente, segundo o g1.

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O porta-voz do Ministério do Interior de Gaza, também administrado pelo Hamas, Ayed al-Bazm, disse que seis bombas atingiram blocos de apartamentos em uma área residencial do campo de refugiados.

O coronel Richard Hecht, porta-voz do Exército de Israel, confirmou o ataque. Os israelenses afirmaram que mataram “muitos terroristas do Hamas”, inclusive Ebrahim Biari, que comandava um batalhão do Hamas e que teria sido um dos líderes do ataque de 7 de outubro contra o território de Israel.

Segundo os israelenses, esse batalhão do Hamas também havia tomado controle de prédios civis na Cidade de Gaza. O Exército de Israel disse também que, depois do bombardeio, alguns túneis do Hamas foram destruídos.

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OMS vê “catástrofe iminente” em Gaza

Ainda conforme informações do g1, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Unicef alertaram, nesta terça-feira (31), para a grave situação de Gaza. Segundo a OMS, o local vive uma “catástrofe iminente de saúde pública”, com risco de mortes de civis não só por causa dos bombardeios, mas também devido aos deslocamentos em massa, superlotação de hospitais e danos às infraestruturas de saneamento.

O porta-voz da OMS, Christian Lindmeier, afirma que faltam suprimentos aos hospitais, como anestesia para operar os pacientes. Ele também falou sobre a falta de água.

— A água é a base essencial para tudo. Você precisa de água potável, mas é claro que também precisa de água para muitas outras questões. E tudo isso está faltando —, disse Lindmeier.

Segundo a Unicef, mais de 2 milhões de pessoas serão afetadas pela falta de água, e existe uma ameaça crescente de mortes por desidratação.

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— A falta de água potável e de saneamento seguro está à beira de se tornar uma catástrofe. A menos que o acesso à água potável seja restabelecido com urgência, mais civis, incluindo crianças, adoecerão ou morrerão de desidratação ou de doenças transmitidas pela água—, disse Catherine Russel, diretora-executiva do Unicef.

O porta-voz da OMS pediu que o combustível fosse autorizado a entrar em Gaza para permitir o funcionamento de uma usina de dessalinização. Israel bloqueou a Faixa de Gaza e recusa-se a permitir o fornecimento de combustível, dizendo que este poderia ser usado pelo Hamas para fins militares.

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