Israel autorizou, nesta quarta-feira (18), a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza pelo Egito. A decisão foi tomada, segundo o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, após um pedido de Joe Biden, presidente dos Estados Unidos. As informações são do g1.

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Biden havia dito, antes, que Israel havia concordado em deixar o Egito enviar ajuda humanitária ao povo de Gaza, com a condição que a ajuda não seja para membros do Hamas, grupo extremista que controla a região.

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Um porta-voz do governo do Egito disse que os dois países estavam em coordenação com organizações humanitárias internacionais sob a supervisão da Organização das Nações Unidas (ONU) para garantir a chegada de ajuda.

O gabinete do primeiro-ministro israelense disse, num comunicado, que “não impedirá” as entregas de alimentos, água e medicamentos, desde que os itens não cheguem ao Hamas. O comunicado de Israel não menciona o envio de combustível, essencial para funcionamento dos geradores que suprem a falta de energia em Gaza, inclusive em hospitais.

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O início dessa ajuda não ficou claro, já que a passagem de Rafah, no Egito, é limitada e o país afirma que foi danificada por atawues aéreos israelenses. Biden disse que o acesso provavelmente começa na sexta-feira (20), após o conserto da estrada em Rafah, segundo a “Al Jazeera”.

Israel afirma ainda não vai permitir entregar por seu território, que abrange a maioria das passagens para Gaza. Também exigiu que a Cruz Vermelha Internacional fosse autorizada a visitar israelenses raptados e mantidos em cativeiro em Gaza.

Biden esteve em Israel

O presidente americano desembarcou nesta quarta em Israel e se reuniu com Benjamin Netanyahu para discutir o processo. Ele anunciou apoio financeiro de 100 milhões de dólares em ajuda humanitária a Gaza, além de um pacote “sem precedentes” para a defesa de Israel contra o Hamas. A declaração foi feita durante um discurso em Tel Aviv.

Durante a reunião, Biden ainda afirmou que os EUA irão fornecer tudo que Israel precisa para se defender. Ele afirmou ainda que os atos do Hamas, que começaram em 7 de outubro, lembram os piores ataques do Estado Islâmico, e comparou a incursão com o 11 de setembro de 2001, quando aviões controlados por terroristas se chocaram contra as torres gêmeas, em Nova York.

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Explosão em hospital de Gaza

Na terça-feira (17), uma explosão em um hospital em Gaza matou centenas de pessoas. O Hamas apontou Israel como responsável. O governo israelense acusou o Jihad Islâmica. O grupo negou responsabilidade e acusou Israel.

Os governos britânico e norte-americano disseram que vão investigar a explosão. Mais cedo, Joe Biden disse acreditar que a explosão no hospital “parece ter sido obra do outro lado”, isto é, de algum dos grupos palestinos.

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