Crime que chocou o Brasil em 29 de março de 2008, o assassinato da menina Isabella Nardoni, de cinco anos, completou 15 anos em 2023. Na ocasião, a criança foi agredida, asfixiada e jogada pelo pai e pela madrasta da janela de um apartamento do Edifício London, localizado no distrito da Vila Guilherme, em São Paulo. O caso agora volta à tona com a estreia do documentário “Isabella: o Caso Nardoni”, na Netflix, nesta quinta-feira (17). A produção revela detalhes até então desconhecidos do público, como depoimentos de familiares e testemunhas, o modo como ocorreu a cobertura midiática do caso, e até mesmo informações sobre a fragilidade da perícia.
Continua depois da publicidade
Receba notícias do NSC Total no WhatsApp
A mãe da menina Isabella, Ana Carolina Oliveira, concedeu entrevista para divulgar o filme. A conversa foi adiantada pela Netflix ao site Universa, com exclusividade.
Entre as respostas, Ana Carolina revelou o motivo de ter decidido participar do documentário. E passados 15 anos do crime, ela reforçou que a dor da perda da filha ainda existe.
Continua depois da publicidade
— O que todo pai e toda mãe procuram quando perdem o filho em uma tragédia é Justiça. O trâmite do processo, o julgamento, a condenação, é um processo de luto pelo qual você vai passando. Ver a Justiça ser feita acalma o coração. Óbvio que 15 anos depois toda aquela dor é mais branda, mas ela existe. Me tratei muito para chegar ao nível em que estou hoje e poder falar do assunto — explicou Ana Carolina na entrevista, que foi antecipada ao site Universa, com exclusividade, pela Netflix.
Trailer oficial de “Isabella: o Caso Nardoni”
*Assista ao documentário “Isabella: o Caso Nardoni” na Netflix.
Relembre o caso Isabella em galeria de fotos
Continua depois da publicidade
Como estão os autores do crime
Segundo informações do G1, Alexandre Nardoni, pai de Isabella, foi condenado a mais de 30 anos de cadeia. Já a madrasta de Isabella, Anna Carolina Jatobá, pegou 26 anos de prisão. Ambos foram levados para prisão em Tremembé, no interior de São Paulo. O casal sempre negou a acusação. Apesar disso, os dois foram condenados pela Justiça no ano de 2010.
Alexandre Nardoni
Pai da menina Isabella, Alexandre Nardoni pegou mais de 30 anos de cadeia pelo crime. Ele cumpre pena desde 2008 na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, conhecida como P2 de Tremembé. O local abriga presos envolvidos em casos de grande repercussão.
Conforme o G1, Alexandre Nardoni atualmente cumpre pena no sistema semiaberto. A progressão ao regime mais brando foi concedida em 2019. Inicialmente, Nardoni ficou cerca de quatro meses no semiaberto até a Justiça revogar progressão. Na época, ele teve interrompida a “saidinha” do Dia dos Pais. Posteriormente, porém, Alexandre Nardoni conseguiu reverter a situação no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O G1 complementa informando que — na prisão — Nardoni se dedica a trabalhos e estudos na própria unidade.
Continua depois da publicidade
Anna Carolina Jatobá
Madrasta da menina Isabella, Anna Carolina Jatobá pegou mais de 26 anos de prisão. Ela cumpre pena na Penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, a P1 feminina de Tremembé (SP), conforme informações do site G1. Assim como a unidade de Alexandre Nardoni, a P1 é conhecida por abrigar presas de casos de grande repercussão. Pelo local já passaram presas como Suzane Richthofen, condenada pela morte dos pais, e Elize Matsunaga, que matou o marido esquartejado.
Anna Carolina Jatobá progrediu ao regime semiaberto em 2017. Desde então é beneficiada com as saidinhas temporárias. O G1 destaca que as atividades de Anna Carolina fora do presídio são discretas, e raramente ela é vista nas ruas.
Sobre o crime, Anna Carolina alega ser inocente, e diz que deseja que a verdade um dia apareça. Afirma também que busca liberdade definitiva, e que pretende manter o relacionamento com o marido Alexandre Nardoni, além de fazer um curso de moda e abrir um ateliê de costura.
Continua depois da publicidade
O que aconteceu com a menina Isabella?
Em março de 2008, Isabella Nardoni, de cinco anos, morreu ao cair do 6° andar do apartamento onde morava o casal Nardoni, em São Paulo. A investigação, porém, apontou que não foi uma queda acidental, e sim um homicídio. A apuração mostrou que menina sofreu agressões e foi asfixiada. Achando que Isabella estava morta, o casal Nardoni teria arremessado a criança pela janela. Na tentativa de simular acidente, cortaram a tela de proteção do quarto, e chegaram a alegar que o prédio havia sido invadido por um suposto ladrão.
Leia também
Veja 5 novos filmes eletrizantes de ação para curtir na Netflix
Profissão Repórter: horário, apresentador e temas mais marcantes