Nesta segunda-feira de Carnaval, a cidade de Navegantes ganhou mais um mar. Um mar de gente, onde o colorido era o tom predominante. Gente que queria fazer festa do jeito mais irreverente possível, usando a criatividade da fantasia como instrumento principal pra garantir mais um ano do principal bloco dos sujos do Carnaval de Santa Catarina, o Navegay.
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Nesse Carnaval em Navegantes, os quesitos que realmente importavam foram o bom humor, a alegria e o respeito às diversidades. Segundo a expectativa dos organizadores, mais de 100 mil pessoas participaram 41ª edição da festa. A Polícia Militar não divulgou o número de participantes. Do alto dos 14 trios elétricos, espalhados pela beira mar, os foliões cantavam e dançavam ao som predominante do axé.
La embaixo, os celulares não paravam de clicar para tentar tirar foto com a fantasia mais inusitada que se poderia encontrar. Nessa levada, o centro das atenções foi um personagem muito conhecido, que viralizou nos aplicativos de conversa.
– Já vim no ano passado e o pessoal gostou muito. Voltei esse ano com essa fantasia pra alegrar e prestigiar esse Carnaval tão bacana – conta o turista de Brusque, Marcos João Custódio da Silva, que veio acompanhado da esposa.
O corpo de bombeiros também contribuiu para que o calor da multidão fosse amenizado. O público pedia, e cerca de 7 mil litros de água eram jogados ao público que fervia ao calor da festa.
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Apesar do clima ser de festa, teve gente que estava alí, mas estava trabalhando e com uma imensa responsabilidade. Como o motorista de um dos trios elétricos, Sidnei Oliveira, que dirige há oito anos no Navegay, em meio à multidão.
– Tem que ter muita paciência e muita responsabilidade. Tem que cuidar de quem está lá em cima e que está aqui embaixo. Além de não beber nenhuma gota de álcool – relata o motorista de 47 anos.
Teve também quem trouxe a família para passar a tradição do Navegay – já faz parte da cultura do nosso estado. Venho todos os anos e acho legal trazer os meus filhos pra curtir também – afirma a foliã Zulmeia Corrêa, de 51 anos, acompanhada dos filhos de 16 anos.
Ao longo da Avenida Beira-Mar, as máscaras davam uma liberdade para quem às vestia. Durante uma tarde, o preconceito e o ódio deram lugar a mais simples vontade de curtir o Carnaval.
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